Com quase 225 mil usuários no Brasil, a Starlink transmite sinal de internet direto do satélite para os usuários. A rede funciona por meio de uma constelação artificial colocada na órbita do planeta Terra por meio da Spacex. As duas empresas estão sob o controle do empresário Elon Musk, o dono do Twitter.
Os satélites da Starlink estão a 550 quilômetros de altitude, uma camada baixa da órbita terrestre. Essa posição permite a alta qualidade do sinal, cuja troca com o usuário leva cerca de 25 milissegundos — ou seja, ocorre 40 vezes por segundo. Isso é 24 vezes mais rápido que a velocidade proporcionada pelos satélites convencionais — equipamentos que geralmente estão a 35 mil km de distância do solo terrestre.
Graças esses modelo, é possível o acesso em áreas remotas, como aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas. Não por caso, a Região Norte é o maior mercado brasileiro.
A manutenção dessa constelação também fica a cargo da SpaceX. Desse modo, as empresas de Elon Musk dirigem todas as fases do processo: instalação, manutenção e distribuição do sinal. Um sistema que se torna a cada dia mais difícil de ser desligado. Porque é privado.
A constelação Starlink
Os serviços da empresa de internet de Elon Musk se estendem por a quase 40 países ao redor do globo. Atualmente, em torno de 6 mil satélites da Starlink estão acima de nossas cabeças, na órbita terrestre.
Esses aparelhos enviam o sinal para uma pequena antena sob controle do usuário. Isso permite a comunicação mesmo em movimento. Por esse motivo, muitos caminhões, barcos e aviões, além de casas e automóveis menores usam os serviços da companhia.
Em janeiro, a empresa começou a testar equipamentos na órbita terrestre com a capacidade de se conectarem diretamente com smartphones. Trata-se do projeto Direct to Cell. A Starlink prevê o início do serviço com mensagem de textos em 2024, e o de voz e vídeo em 2025.
Reportagem com dados de Dagomir Marquezi.