quinta-feira, julho 4, 2024
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Rússia testa míssil balístico intercontinental

O Ministério da Defesa da Rússia divulgou, neste domingo, 5, o “sucesso” do teste realizado pelo novo submarino do país, Imperador Alexander III. Movido a energia nuclear, o veículo militar fez o lançamento do míssil balístico Bulava, um artefato projetado para transportar ogivas nucleares com alcance de até 8 mil km de distância.

Sem dizer exatamente quando ocorreu o teste, as autoridades russas explicaram que o míssil foi lançado de uma posição subaquática no Mar Branco, na costa norte do país, e teria atingido um alvo a milhares de quilômetros de distância, na Península de Kamchatka, no Extremo Oriente russo.

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O lançamento do Bulava acontece no momento em que a Rússia intensifica a retórica nuclear — desde que suspendeu, no inicio de 2023, a participação em um tratado de proibição de testes nucleares. Há três dias, segundo a agência oficial do governo, TASS, o presidente Vladimir Putin assinou a saída definitiva da Rússia do acordo.

A medida foi fortemente criticada pelo governo dos Estados Unidos. O tratado global, de 1996, proíbe todos os testes com armas nucleares, embora nunca tenha entrado em vigor porque alguns países considerados “fundamentais” na questão — entre eles, a China e o próprio EUA — nunca o ratificaram.

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O governo norte-americano, em sua página oficial, afirma nunca ter realizado testes nucleares desde o acordo global. “Por mais de 30 anos, os Estados Unidos não têm conduzido testes com explosivos nucleares, e não tem planos de fazê-los”, informou.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que a saída da Rússia do tratado é “um passo significativo na direção errada”.

Vladmir Putin agência TassVladmir Putin agência Tass
Há uma semana, Putin supervisionou pessoalmente os exercícios com mísseis balísticos sob o argumento de necessidade em caso de um ‘ataque nuclear contra inimigos não identificados’ | Foto: Reprodução/TwitterX/Agência Tass

Putin tem pressionado para manter a dissuasão nuclear. O argumento é de salvaguardar a segurança do país diante das relações estremecidas com o Ocidente, em razão da guerra com a Ucrânia.  

O Ministério da Defesa russo explicou que “o disparo de um míssil balístico é o elemento final dos testes estatais, após os quais será tomada a decisão de aceitar o cruzador na Marinha”.

O poder de fogo da Marinha russa

A Marinha russa tem três submarinos nucleares da classe Borei em serviço. Um deles está concluindo testes e outros três estão em construção. O cruzador de mísseis estratégicos da classe Borei é equipado com 16 mísseis Bulava e modernas armas de torpedo.

O míssil Bulava mede 12 metros e tem um alcance estimado em cerca de 8 mil km. A arma pode transportar até seis ogivas nucleares e se tornou o principal elemento da parte naval da tríade nuclear da Rússia.

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Via Revista Oeste

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