A Rússia realizou um grande ataque aéreo contra a Ucrânia, entre a noite da sexta-feira 31, e a madrugada deste sábado, 1º. Pouco tempo antes da investida, os Estados Unidos e aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) autorizaram Kiev a usar armas ocidentais em território russo pela primeira vez.
Este foi o maior ataque desde o ocorrido desde 22 de março, mas ainda não há um balanço preciso de armamentos usados.
O bombardeio russo atingiu diversas regiões da Ucrânia, incluindo áreas próximas às fronteiras com a Polônia e a Hungria. Explosões foram registradas em pelo menos nove cidades, e alarmes soaram por todo o país.
O sistema de fornecimento de energia elétrica foi novamente o principal alvo, o que resultou em blecautes em cinco regiões. Os danos mais severos foram registrados em Vinnitsia, uma cidade localizada a 360 km da capital da Ucrânia, Kiev, e a 429 km do importante porto de Odessa. Relatos locais mencionam sete mortos, mas ainda não há confirmação oficial.
Defesa aérea da Ucrânia
Segundo o comandante da força aérea ucraniana, 45 drones e 36 mísseis russos foram abatidos até a madrugada de hoje. Diversos tipos de armas foram usados, incluindo drones iranianos Shahed-136, mísseis de cruzeiro supersônicos Kh-101 e bombardeiros Tu-95.
Mísseis de cruzeiro Kalibr também foram lançados de navios no mar Cáspio, e caças MiG-31K também participaram do ataque, embora não se saiba se os mísseis hipersônicos Kinjal foram empregados.
Na sexta-feira, Estados Unidos e Alemanha permitiram que a Ucrânia usasse armas ocidentais contra alvos militares na Rússia pela primeira vez. Autoridades russas acusaram a Ucrânia de bombardear Donetsk, controlada pela Rússia, resultando em cinco mortos, segundo Denis Pushilin, líder da República Popular de Donetsk.
Washington e Berlim limitaram as ações ao sul da Rússia, perto da fronteira com Kharkiv, onde desde 10 de maio uma nova frente de batalha foi aberta por Putin.