Na manhã desta terça-feira, 10, a Rússia lançou um ataque massivo contra cidades ucranianas, causando mortes, ferimentos e destruição em áreas civis. Kiev classificou a ofensiva como uma das maiores desde o início da guerra, há mais de três anos.
Segundo autoridades ucranianas, mais de 315 drones e sete mísseis foram disparados contra o território do país ao longo da noite.
O presidente Volodymyr Zelensky ressaltou a gravidade da situação e cobrou medidas concretas da comunidade internacional. Ele afirma que os bombardeios russos superam os esforços diplomáticos em busca da paz.
Um dos locais atingidos foi a cidade portuária de Odessa, no Sul do país. Entre os danos reportados, estão uma maternidade e vários prédios residenciais, conforme informado pelo chefe regional, Oleh Kiper.
O ataque resultou em duas mortes e deixou ao menos nove feridos. Em Kiev, a capital, as explosões feriram quatro pessoas e ampliaram o impacto dos ataques na cidade.
A ofensiva russa ocorre poucos dias depois de um ataque de drones realizado pela Ucrânia contra bases aéreas russas em território inimigo, aumentando ainda mais as tensões entre os países. Em resposta, Moscou intensificou suas ações militares, lançando quase 500 drones em bombardeios anteriores.
Além dos ataques na Ucrânia, a Rússia também enfrentou incursões aéreas. Na madrugada, uma onda de drones ucranianos forçou o fechamento temporário dos aeroportos que atendem Moscou e São Petersburgo.
Agências estatais relataram que mais de cem drones foram abatidos em pouco tempo, embora não haja registros de danos ou vítimas.
Rússia alerta para o risco de um conflito nuclear
O agravamento do conflito levou a declarações alarmantes por parte do Kremlin. Vladimir Medinski, assessor de Vladimir Putin, alertou para o risco de um confronto nuclear caso a Ucrânia e a Otan tentem recuperar os territórios ocupados por tropas russas.
Em um comunicado, Medinski afirmou que um cessar-fogo sem um acordo de paz verdadeiro poderia desencadear um conflito global.
A Rússia continua exigindo o reconhecimento das áreas que controla como parte de seu território, uma condição que dificulta qualquer avanço nas negociações de paz. Enquanto o impasse persiste, ataques intensos e ameaças geopolíticas seguem moldando os rumos da guerra na Ucrânia.
