Além de rota turística, o Caminho da Estrada Real é agora um monumento nacional. O conjunto de caminhos da época Imperial que abrange localidades no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais foi reconhecido com o status por meio de lei publicada na sexta-feira, 20 de outubro.
O decreto lista 183 localidades, entre municípios e distritos que fazem parte da antiga Estrada Real. Aberta pela coroa portuguesa, a estrada surgiu ainda no século 17 para ligar o litoral do Rio às áreas de mineração.
Hoje, ela é um atrativo turístico que remonta à história da escoação de ouro e das pedras preciosas retiradas de terras mineiras. Com o status de monumento nacional, o atrativo turístico pode alavancar o desenvolvimento e a geração de renda.
Segundo o Instituto Estrada Real, que fomenta e gerencia o atrativo desde 1999, o título “reconhece a grandeza e dá mais visibilidade à maior rota turística do Brasil”, como diz um post nas redes sociais.
A Estrada Real
A rota da Estrada Real tem 1.630 km de extensão, atravessa a Mata Atlântica, entre a Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar, e resgata tradições no percurso.
O Instituto Estrada Real a divide em quatro caminhos:
- Caminho Velho (ou Caminho do Ouro): o primeiro trajeto aberto oficialmente pela Coroa Portuguesa que conecta Ouro Preto a Paraty. São 710 km de extensão.
- Caminho Novo: aberto para ser uma alternativa mais rápida e fácil ao Caminho Velho e que conecta Ouro Preto ao Rio de Janeiro. São 515 km de extensão.
- Caminho dos Diamantes: liga Ouro Preto a Diamantina, que ganhou destaque a partir de 1729 pelos diamantes e pedras preciosas. Tem 395 km de extensão.
- Caminho Sabarabuçu: liga Ouro Preto às imediações da Serra do Sabarabuçu (hoje Serra da Piedade), local cercado de montanhas e lendas sobre avistamento de ouro e pedras preciosas. São 160 km de extensão.
Em São Paulo há Cunha, que ganha fama pelo cultivo de lavanda e pela paisagem conhecida como Mar de Morros.