quinta-feira, setembro 19, 2024
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‘Rosto sorridente’ em Marte pode indicar sinais de vida no planeta

Um “rosto sorridente” avistado na superfície de Marte pode abrigar sinais de vida há muito extinta no planeta vermelho. Descoberta recentemente por uma equipe de astrônomos, a “carinha” só é visível sob certas condições, e foi deixada para trás por um antigo lago que secou há muitos bilhões de anos.

Entenda:

  • Recentemente, a imagem de um “rosto sorridente” em Marte foi divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA);
  • A figura é composta por um anel de sal e “olhos” marcados por crateras;
  • Trata-se, na verdade, de um registro de águas que secaram há muitos bilhões de anos no planeta vermelho após uma brusca mudança climática;
  • Graças à alta concentração de sal, essas pequenas poças de água permitiriam que micróbios sobrevivessem à transformação do planeta;
  • Além disso, a “carinha sorridente” também pode ter preservado sinais dessas antigas formas de vida.
“Rosto sorridente” registrado na superfície de Marte. (Imagem: ESA/TGO/CaSSIS)

Uma imagem da figura foi capturada pelo ExoMars Trace Gas Orbiter da Agência Espacial Europeia (ESA), e divulgada na última sexta-feira (6) em uma postagem no perfil do Instagram da entidade. Na foto, vemos o que parece ser um emoji sorridente – formado, na verdade, por um anel de antigos depósitos de sal com “olhos” marcados por crateras.

Vida em Marte pode estar preservada em ‘rosto sorridente’

A foto faz parte de um estudo publicado no Scientific Data, que reuniu registros de 965 depósitos diferentes com tamanhos que variam entre 300 e 3 mil metros de largura — o tamanho do “rosto sorridente” ainda não foi determinado. Como aponta a equipe no artigo, os depósitos “podem fornecer condições ótimas para atividade biológica e preservação”.

“Rosto sorridente” foi criado por anel de sal e crateras. (Imagem: ESA/TGO/CaSSIS)

Como dito em uma declaração da ESA, Marte costumava ter lagos, rios e um oceano semelhante aos nossos aqui da Terra. Mas, por volta de 2 a 3 bilhões de anos atrás, a maior parte dessas águas acabou congelando ou evaporando após uma mudança climática. À medida que isso aconteceu, a água que sobrou ficou extremamente salgada, conseguindo manter o estado líquido apesar das baixas temperaturas.

Essas poças salgadas restantes podem não apenas “ter se tornado um refúgio” para eventuais micróbios — permitindo sua sobrevivência à transformação de Marte —, mas atuado como uma espécie de conservante que manteria os sinais dessas possíveis formas de vida intactos ao longo de bilhões de anos.

Via Olhar Digital

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