sexta-feira, janeiro 10, 2025
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Rombo das estatais chega a R$ 6,6 bilhões, o maior em 15 anos

As contas das estatais brasileiras registraram rombo de R$ 6,6 bilhões até novembro, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 30. No mês passado, o déficit foi de R$ 1,6 bilhão. Este cenário é o pior desde 2009, quando a metodologia de cálculo foi ajustada para excluir grandes estatais como Petrobras e Eletrobras.

Segundo o BC, o resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, teve um défcit de R$99,1 bilhões em novembro. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$1.111,0 bilhões (9,50% do PIB), ante o déficit nominal de R$1.092,8 bilhões (9,42% do PIB), acumulado até outubro de 2024.

O governo deve se pronunciar publicamente sobre esses resultados ainda hoje. Os dados negativos abrangem empresas de níveis federal, estadual e municipal, mas não inclui estatais lucrativas, como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A diferença pode ser coberta pelo caixa das próprias empresas ou pelo Tesouro Nacional.

Especialistas alertam para impacto fiscal de rombo nas estatais

Economistas alertam que esses déficits podem agravar a situação fiscal do país. Para Cláudio Frischtak, “alguém tem que pagar por esse esse déficit”. “E quem vai pagar somos nós, evidentemente, porque o governo não produz dinheiro”, disse ele ao g1.

Frischtak ainda alertou que “isso fragiliza ainda mais o arcabouço fiscal do governo, resultando em juros mais elevados e câmbio mais estressado.”

Desafios e principais déficits

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Ministério da Gestão e Inovação disse que, em anos anteriores, o superávit foi possível por causa de aportes do Tesouro para investimento | Foto: Divulgação/Agência Brasil

O Ministério da Gestão e Inovação afirmou que, em anos anteriores, o superávit foi possível graças a aportes do Tesouro para investimento. Os maiores déficits do ano são:

  • Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron): R$ 2,49 bilhões;
  • Correios: R$ 2,19 bilhões;
  • Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro): R$ 590,43 milhões; e
  • Infraero: R$ 541,75 milhões.

Esses resultados negativos são parcialmente relacionados a investimentos capitalizados em anos passados, não sendo necessariamente um prejuízo imediato.

Via Revista Oeste

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