Novo diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rodrigo Caetano comentou, nesta quarta-feira (21), sobre os motivos de ter deixado o Atlético-MG. Segundo ele, em entrevista coletiva na Arena MRV, em Belo Horizonte, a oportunidade de estar na Seleção Brasileira é, a princípio, única na carreira de um profissional.
“Essa minha tomada de decisão foi muito pessoal, mas muito difícil. Ela foi pessoal e profissional, porque toda pessoa que milita no esporte almeja representar o seu país, assim como no vôlei e no basquete. Mas, em 20 anos de carreira, no momento que veio o convite, eu estava no clube que talvez tenha sido a minha maior identificação nesse período”, afirmou.
De acordo com Caetano, a forma como o Galo trata os seus funcionários é muito especial. Por esse motivo, a saída se tornou ainda mais difícil antes de assumir o cargo na CBF.
“Foram muitos fatores. Claro que as conquistas. Isso aproxima demais, fideliza o torcedor. Mas a forma como eu fui acarinhado. O Galo tem, dentre muitos patrimônios, a sua torcida, a Arena, a Cidade do Galo. Ele tem um patrimônio, que são os seus funcionários. Muitas vezes, trabalham de forma invisível, mas com afinco e uma dedicação que vi em poucos”, complementou o ex-diretor de futebol.
Na ocasião, Rodrigo também agradeceu aos torcedores e aos investidores da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético-mg pelo apoio. O dirigente enalteceu que sempre houve muito respeito e reconhecimento para com o seu trabalho.
“No fim, eles entenderam que era um projeto pessoal de um dia poder representar o nosso país em uma outra condição. Por tudo isso, saio daqui com as portas abertas e parte do dever cumprido. Mas sob o olhar de alguém que entregou muito comprometimento e muito trabalho. É o reconhecimento dos donos e do torcedor que me encontra nas ruas”, finalizou.
Rodrigo Caetano chegou à CBF para substituir Juninho Paulista. Em janeiro de 2023, o ex-jogador deixou a entidade, pouco depois da Copa do Mundo de 2022, no Catar, assim como a comissão técnica de Tite.
Na CBF, Juninho Paulista trabalhou como coordenador da Seleção Brasileira masculina principal entre agosto de 2019 e janeiro de 2023, como substituto de Edu Gaspar.
Desde 2021 no Atlético-MG, Rodrigo Caetano viu a equipe conquistar seis títulos: Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Supercopa do Brasil e três edições do Campeonato Mineiro.
O executivo, de 53 anos, tinha contrato com o Atlético-MG até o fim de 2026. O diretor foi alvo de outros clubes, como o Corinthians, mas o Galo conseguiu mantê-lo.