Nesta segunda-feira (25), a empresa espacial neozelandesa Rocket Lab estabeleceu novo recorde de intervalo de tempo entre dois lançamentos. Segundo a companhia, foi a primeira vez que um operador de lançamento concluiu uma missão em cada hemisfério em menos de 24 horas.
Recorde de lançamento da Rocket Lab
- Em comunicado, a companhia informou o sucesso do lançamento a 56ª missão Electron, que implantou cinco satélites na órbita baixa da Terra. O foguete com os satélites decolou às 22h (horário de Brasília) deste domingo (24);
- 21 horas e 55 minutos antes, a empresa espacial havia lançado, em seu Complexo de Lançamento 2, localizado na Virgínia (EUA), outra missão, o que estabeleceu o novo recorde;
- “Dois lançamentos bem-sucedidos com menos de 24 horas de intervalo de plataformas em hemisférios diferentes. Essa é uma capacidade sem precedentes no mercado de lançamentos pequenos e uma que temos imenso orgulho de entregar na Rocket Lab”, disse o fundador e CEO da Rocket Lab, Sir Peter Beck;
- Tais inserções orbitais incluem acesso a órbitas polares e heliossíncronas do local de lançamento na Nova Zelândia e órbitas de inclinação média da Virgínia, explica o The Verge;
- A Rocket Lab detém, ainda, a operação de versão suborbital do Electron, de nome Hypersonic Accelerator Suborbital Test Electron (HASTE) da plataforma de lançamento dos Estados Unidos. Ela é utilizada como banco de testes para tecnologias hipersônicas e suborbitais.
Os dois lançamentos que estabeleceram o recorde para a empresa foram realizados para a francesa Kinéis (no caso dos satélites), enquanto o lançamento em solo estadunidense foi realizado para um cliente não informado pela Rocket Lab.
Lançamentos em 2024
Até aqui, em 2024, a companha espacial neozelandesa fez 14 lançamentos, sendo que os realizados entre este domingo (24) e segunda-feira (25) foram, possivelmente, os últimos deste ano.
Em seu mais recente anúncio de lucros, a Rocket Lab estabeleceu que lançaria seu foguete Electron entre 15 e 18 vezes este ano. Ele fica, em número de lançamentos, atrás apenas do Falcon 9, da SpacecX. Contudo, a maior parte da receita da empresa vem de seu negócio de Sistemas Espaciais, incluindo design e fabricação de espaçonaves, bem como a venda de componentes de satélite.
A exemplo, no terceiro trimestre deste ano, a empresa obteve US$ 105 milhões (R$ 608,98 milhões, na conversão direta) em receitas, sendo que, desse total, US$ 21 milhões (R$ 121,79 milhões) vieram de lançamentos e US$ 84 milhões (R$ 487,19 milhões) de Sistemas Espaciais.
Em 2025, a companhia neozelandesa deve passar a utilizar seu foguete de médio porte, o Neutron, sendo que ele deve ir ao Espaço uma vez no ano que vem, três em 2026 e cinco em 2027.