sexta-feira, setembro 27, 2024
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rochas guardam segredo que permitiria missões tripuladas

Há bilhões de anos, Marte tinha água e até uma atmosfera espessa. As coisas mudaram drasticamente de lá para cá. Mas, segundo uma nova pesquisa, parte das substâncias presentes no passado ainda podem existir, estando presas nas rochas do planeta vermelho.

No trabalho, os cientistas afirmaram que o dióxido de carbono (CO₂) da antiga atmosfera marciana pode estar retido em argilas. Eles defendem que a água que existiu no passado talvez tenha contribuído para uma reação em cadeia. Estes processos, por sua vez, acabaram fazendo com que o CO₂ ficasse retido e fosse transformado em metano.

O estudo aponta que a água existente em Marte pode ter interagido com a olivina, um mineral rico em ferro, causando oxidação. A reação pode explicar a coloração avermelhada do planeta, mas também teria sido responsável pela liberação de hidrogênio na atmosfera. 

Representação artística do rover Perseverance, da NASA, em Marte. (Imagem: NanoStockk/IstockPhoto)

Segundo os pesquisadores, o elemento então teria se combinado com o dióxido de carbono da água, formando o metano. Já a olivina se transformou em serpentina, e, posteriormente, em esmectita, retendo o metano em seu interior.

A equipe não sabe precisar, no entanto, qual pode ser a quantidade de metano ainda existente em Marte. Apesar disso, eles acreditam que as reservas sejam abundantes em algumas regiões.

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Representação artística elaborada com Inteligência Artificial da água subterrânea em Marte (Imagem: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital)

Boa notícia para futuras missões tripuladas

  • Se a teoria estiver correta, isso significa que futuras missões espaciais tripuladas poderão utilizar estas substâncias como fonte de energia.
  • Os cientistas explicam que os astronautas precisarão de oxigênio e seria inviável levar este recurso da Terra.
  • Dessa forma, apenas o fato de existir a possibilidade de produzir estes recursos em Marte já é uma grande notícia para a ciência.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Science Advances.

Via Olhar Digital

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