quarta-feira, abril 2, 2025
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Robô da Nasa encontra formação rochosa incomum em Marte

O rover Perseverance, da Nasa, encontrou uma rocha de textura incomum na cratera Jezero, em Marte. A descoberta, feita em 11 de março, revelou uma superfície com esferas milimétricas, levando cientistas a investigarem sua origem. A formação foi apelidada de “Baía de São Paulo”.

“A equipe científica do Perseverance ficou surpresa com uma rocha estranha composta de centenas de esferas milimétricas e agora trabalha para entender sua origem”, informou a Nasa, em nota no seu site oficial.

O robô observou bandas de tons claros e escuros, visíveis desde órbita. Na semana seguinte, o rover coletou amostras de uma dessas camadas e, nesse processo, identificou a rocha de textura peculiar.

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O rover Perseverance, da Nasa, em Marte tirou essa foto usando sua câmera Left Mastcam-Z | Foto: NASA/JPL-Caltech/ASU

Um rover é um robô móvel projetado para explorar a superfície de planetas, luas ou asteroides. Ele é equipado com câmeras, sensores e instrumentos científicos, podendo ser controlado remotamente ou operar de forma autônoma.

Já a cratera Jezero, onde o Perseverance está, tem cerca de 45 km de diâmetro e abrigou um lago no passado. É um local estratégico para buscas por sinais de vida antiga.

Nasa já viu rochas similares antes

A “Baía de São Paulo” tem esferas cinza-escuras, algumas alongadas e outras com bordas irregulares. Algumas apresentam minúsculos orifícios, o que torna a formação ainda mais intrigante.

A Nasa já encontrou estruturas semelhantes em Marte. Em 2004, o rover Opportunity identificou as chamadas “Blueberries”, em Meridiani Planum. O Curiosity também observou esferoides em Yellowknife Bay, na cratera Gale.

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Rover Perseverance | Foto: NASA/JPL-Caltech

Mais recentemente, o próprio Perseverance detectou texturas granuladas em rochas sedimentares no canal Neretva Vallis.

Essas esferas costumam ser concreções, formadas pela interação de água subterrânea com a rocha. A rocha encontrada não está em sua posição original, o que dificulta a análise.

Via Revista Oeste

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