O risco de um “megaterremoto”, seguido de tsunami, colocou o Japão em alerta nesta sexta-feira (09). O aviso emitido pela Agência Meteorológica Japonesa – o primeiro da sua história, diga-se – veio após terremotos atingirem a ilha de Kyushu na quinta-feira (08).
Dois pontos merecem destaque nesta história. Primeiro, os terremotos na ilha não deixaram feridos nem rastros de destruição. Segundo, a agência explicou que o alerta não significa que um terremoto de grandes proporções vá ocorrer.
Mesmo assim, o primeiro-ministro Fumio Kishida cancelou uma viagem à Ásia Central, agendada para este fim de semana, a fim de se preparar “para qualquer eventualidade” no país.
‘Megaterremoto’ pode ocorrer ao longo de uma trincheira submarina no Japão
O alerta apontava o risco de um “megaterremoto” ocorrer ao longo da Trincheira de Nankai, na costa do Pacífico – especificamente, na “zona de subducção” entre duas placas tectônicas, onde terremotos massivos ocorreram no passado.
A trincheira submarina de 800 quilômetros, que vai de Shizuoka, a oeste de Tóquio, até a ponta sul de Kyushu, foi o local de terremotos destrutivos de magnitude oito ou nove a cada 100 a 200 anos.
Esses “megaterremotos”, que muitas vezes ocorrem em pares, desencadearam tsunamis perigosos ao longo da costa sul do Japão, um dos países mais sismicamente ativos do mundo. A ver se os japoneses estão prestes a enfrentar mais um desses.
Terremoto na ilha de Kyushu
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou dois terremotos, um de magnitude 6,9 e outro de 7,1, na costa da ilha de Kyushu, no sul do Japão. Alertas de tsunami foram emitidos após os tremores, segundo a Agência Meteorológica do Japão.
O primeiro abalo sísmico ocorreu a uma profundidade de 33 quilômetros, enquanto o segundo foi de 25 quilômetros. Em Miyazaki, ondas de até 50 centímetros foram observadas, de acordo com a emissora pública NHK.