sexta-feira, novembro 22, 2024
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Rios estão ficando laranja no Alasca; entenda

A coloração alaranjada de alguns rios e riachos do Alasca é motivo de grande preocupação entre especialistas. Pesquisadores de toda a América do Norte se uniram para acompanhar de perto o fenômeno. Após dois anos de coletas e análises das águas, a equipe publicou os resultados.

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Degelo do permafrost está mudando a coloração dos rios

  • A equipe afirma que a coloração alaranjada tem se propagado lentamente de pequenas cabeceiras para rios maiores.
  • Esse fenômeno foi observado pela primeira vez em 2018, em um rio que havia sido cristalino apenas um ano antes.
  • A situação intrigou os especialistas, já que esses cursos d’água ficam longe de quaisquer populações humanas ou de atividades industriais e de mineração.
  • O estudo, publicado na revista Nature Communications Earth & Environment, aponta que o degelo do permafrost é o culpado mais provável.
  • Com o aquecimento do clima, essa região ártica acaba experimentando um derretimento mais rápido do solo congelado.
  • Minérios metálicos que ficaram presos no gelo por centenas a milhares de anos reagem quando expostos ao oxigênio e à água, que por sua vez liberam ácido e metais diretamente no rio ou córrego adjacente.
Coloração alaranjada tem avançado pelos rios do Alasca (Imagem: Ken Hill/National Park Service)

Impactos das mudanças climáticas

Segundo os pesquisadores, o problema está se acelerando à medida que mais áreas de superfície congeladas há muito tempo são expostas ao ar quente. Embora os riachos possam se limpar naturalmente e o permafrost possa congelar de novo, as mudanças climáticas estão dificultando que isso ocorra.

Amostras coletadas nos últimos anos confirmaram que, além de mudar de coloração, os rios estão se tornando cada vez mais ácidos, um resultado direto dos minerais presentes na água. A leitura de pH em alguns locais chegou a 2,3, quando o normal para a região deveria estar em pH 8.

O estudo afirma que a situação gera a liberação de ainda mais minerais. É por isso que altos níveis de ferro, zinco, níquel, cobre e cádmio foram encontrados nas amostras.

Os cientistas explicam que ainda não é possível prever os impactos para a vida selvagem. Uma das possibilidades é que a toxicidade da água impeça, por exemplo, a migração de peixes para áreas de desova. Isso traria um efeito cascata para toda a fauna local.

Via Olhar Digital

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