domingo, julho 7, 2024
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Reunião entre chanceleres de Venezuela e Guiana ainda é “início de processo de diálogo“, avalia governo

A reunião entre chanceleres da Venezuela e Guiana nesta quinta-feira (25) em Brasília para discutir o impasse pelo território de Essequibo é considerada um “grande avanço” pelo governo brasileiro sobretudo se comparado à escalada das tensões no fim do ano passado.

Apesar disso, o encontro entre os diplomatas é tratado por integrantes do Itamaraty como o início de um processo de diálogo, visto que os dois países ainda têm posições muito distante sobre a disputa pela área rica em petróleo e gás.

O encontro entre os dois chanceleres será mediado pelo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e ocorrerá no Itamaraty às 10h desta quinta-feira.

A reunião também será acompanhado por representante de São Vicente e Granadinas, que está presidência da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac),e de Dominica, que preside neste momento a Comunidade do Caribe (Caricom). Na condição de observador, também estará presente um representante da Organização das Nações Unidas.

Ainda não está definido se após a reunião haverá uma declaração conjunta. A decisão sobre um comunicado será tomada na próxima quinta.

A Venezuela voltou a reivindicar o território de Essequibo, na fronteira entre os dois países, após a descoberta de uma reserva com potencial para produção de cerca de 11 bilhões de barris de petróleo e gás offshore.

Em nota, o governo brasileiro disse “valorizar o compromisso da Guiana e da Venezuela com o processo de diálogo ora em curso, facilitado por atores e mecanismos regionais”. “Ressalta ainda o espírito de integração que move os países da América Latina e do Caribe com vistas a consolidar a região como uma zona de paz, cooperação e solidariedade”, completa a nota distribuída pelo Itamaraty.

Em 14 de dezembro, os presidentes de Guiana, Irfaan Ali, e Venezuela, Nicolás Maduro, concordaram em evitar a escalada do conflito pela região de Essequibo, conforme anunciado em declaração conjunta após reunião em São Vicente e Granadinas.

Na ocasião, os líderes acertaram que se reuniriam novamente no Brasil em três meses, “ou em outro momento acordado”.

Desde os primeiros impasses, o Brasil se colocou como um interlocutor entre Guiana e Venezuela.

No comunicado divulgado hoje, o governo mencionou que a reunião foi “estabelecida pela Declaração de Argyle para o Diálogo e a Paz entre Guiana e Venezuela, adotada em 14 de dezembro passado”.

Via CNN

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