domingo, abril 13, 2025
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Restaurantes de brasileiros destacam-se na volta do Guia Repsol a Portugal

Após um hiato de nove anos, o Guia Repsol voltou a avaliar restaurantes de Portugal. O guia é uma das mais respeitadas referências de restaurantes, hotéis e experiências de viagens da Espanha e do território português.

Divulgada na segunda-feira (7), a nova edição lusa destacou um total de 194 restaurantes de norte a sul do país, incluindo endereços comandados por brasileiros. As classificações dividem as casas em um sistema de um, dois ou três “sóis”. Mais de 20 inspetores profissionais avaliaram endereços portugueses, incluindo nos Açores e na Ilha da Madeira.

Como resultado, quatro restaurantes receberam a distinção máxima de três sóis; 17 receberam dois sóis e 49 ficaram com um sol. Também figuram na lista 124 restaurantes recomendados.

Restaurantes com distinção máxima

Quatro restaurantes de Portugal receberam três sóis do Guia Repsol, que indicam uma “experiência única, sólida, com uma perfeita conjugação de sabores, ingredientes e ideias”. O guia também explica que o serviço deve ser exemplar e a adega deve ser completa e “invejável”.

Os restaurantes com três sóis no Guia Repsol Portugal 2025 são:

  • Belcanto, em Lisboa, do chef José Avillez;
  • The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, do chef Ricardo Costa;
  • Ocean, em Porches (no Algarve), do chef Hans Neuner;
  • Il Gallo D’Oro, em Funchal (na Madeira), do chef Benoît Sinthon.

Todos os outros restaurantes com dois sóis ou um sol podem ser checados no app do guia (iOS ou Android) ou neste link.

Restaurantes chefiados por brasileiros


Restaurante Henrique Leis, em Portugal
Salão do restaurante Henrique Leis, no Algarve • Reprodução/Instagram/@resthenriqueleis

Entre as avaliações, há cinco endereços comandados por brasileiros. Eles aparecem na classificação com um sol, que indica cozinhas coerentes, com uso de produtos de qualidade e que se mantêm em crescimento. Das cinco casas, três ficam em Lisboa, uma no Alentejo e outra no Algarve.

Na capital, consta na lista o Arkhe, tocado pelo chef João Ricardo Alves, natural de São Paulo. Com formação nas cozinhas francesa e italiana, ele serve na casa um menu degustação focado exclusivamente em vegetais, com receitas vegetarianas e veganas.

Também em Lisboa fica o Cícero, que tem menus sazonais assinados pela chef Alessandra Montagne, que está à frente de dois restaurantes em Paris, o Tempero e o Nosso. Ela é apadrinhada por Alain Ducasse e assumirá a operação de um novo negócio no Museu do Louvre. Na casa no bairro de Campo de Ourique, a cozinha também é tocada pela chef e proprietária Ana Carolina Miranda.

Na capital, há ainda o SEM, que tem como cofundadora Lara Espirito Santo. Ao lado do neozelandês George McLeod, ela toca a casa em Alfama, onde serve menus criativos focados na sustentabilidade e no desperdício zero. Agricultura regenerativa, conservas e fermentados são alguns dos pilares, que renderam também o prêmio Sol Sustentável ao restaurante.

Já em Estremoz, no Alentejo, fica a Mercearia Gadanha, liderada pela chef Michele Marques. O salão rústico é acessado através de uma mercearia. Ali é servida uma “comida de conforto”, com foco na gastronomia alentejana, assim como nos vinhos da região e de todo o país.

Por fim, em Loulé, uma das cidadezinhas mais simpáticas do Algarve, o chef maranhense Henrique Leis comanda seu restaurante homônimo. Trabalhou com Paul Bocuse e Guy Savoy antes de abrir a casa própria em Portugal em 1993. Com vista para o mar, o restaurante serve uma cozinha internacional que combina bases clássicas francesas com ingredientes e sabores locais.

Como funciona o Guia Repsol

As avaliações foram feitas por uma equipe de mais de 20 inspetores locais que percorreram restaurantes de todo o país, incluindo a região dos Açores e a ilha da Madeira.

Eles são de diferentes áreas, da advocacia até a engenharia, e não precisam ser ligados ao setor de hotelaria e de alimentos e bebidas. O requisito é que tenham um vasto conhecimento gastronômico e que sigam critérios definidos.

O sistema de classificação avalia a experiência como um todo, desde a reserva até o momento em que se sai do restaurante. Além da comida em si, são julgados ambiente, serviço, variedade, sustentabilidade, sazonalidade, adega e conceitos como quilômetro zero e economia circular.

Segundo o guia, as classificações são:

  • Restaurantes com três sóis: indica uma experiência única, sólida, com conjugação de sabores, ingredientes e ideias. É uma cozinha de proximidade, tanto dos produtores locais como das matérias-primas, com serviço de salão exemplar e adega invejável. Se fosse uma nota, seria 10;
  • Restaurantes com dois sóis: indica uma cozinha com maturidade, potencial e ambição para evoluir. Pratos revelam domínio da técnica; serviço deve ser impecável e a adega preza por uma boa seleção. São restaurantes que valem a viagem longa;
  • Restaurantes com um sol: aquele que se recomenda aos amigos e que merece ser repetido. Uso de produtos de qualidade, com cozinha honesta e coerente que se mantém em crescimento, além de adega com surpresas;
  • Restaurantes recomendados: que tenham uma qualidade vibrante e uma cozinha com “coração”. Cultiva uma clientela habitual e tem escolha cuidadosa dos vinhos.

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Via CNN

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