sábado, outubro 5, 2024
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Réptil mais velho que dinossauros é encontrado no Brasil

Nesta quinta-feira (20), foi publicada, na Scientific Reports, a descoberta do fóssil de um réptil que viveu antes dos dinossauros. O achado aconteceu na região Sul do Brasil.

Conforme Rodrigo Temp Müller, paleontólogo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e autor da pesquisa, ao g1, o fóssil é de nova espécie de grupo que já apareceu na Argentina e na China, mas que surge, pela primeira vez, no Brasil: o Gracilisuchidae.

Representaçãoa rtística de paisagem do Triássico-Médio do Sul do Brasil; pequenos répteis disputam carcaça de dinossauro (esq.) (Imagem: Matheus Fernandes Gadelha)

Até o momento, o grupo só era conhecido a partir de três espécies, duas da China e uma da Argentina. Esse animal foi predador de pequeno porte e foi encontrado em área onde não tínhamos registros de precursores dos jacarés e crocodilos de pequeno porte. Isso mostra que os ecossistemas que antecederam a origem dos dinossauros foram muito complexos em relação à linhagem que, mais tarde, originou jacarés e crocodilos.

Rodrigo Temp Müller, paleontólogo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e autor da pesquisa, em entrevista ao g1

Crânio do animal contém órbita (Imagem: Janaína Brand Dillmann)

Mais sobre o réptil que viveu antes dos dinossauros (inclusive no Brasil!)

  • Antes dos dinossauros, a Terra foi populada por precursores de mamíferos e répteis de várias linhagens;
  • Os gracilissuquideos viveram entre 247 milhões e 237 milhões de anos atrás, no Período Triássico;
  • Por sua vez, os dinossauros mais antigos já encontrados viveram há cerca de 230 milhões de anos;
  • O fóssil encontrado no Brasil recebeu o nome de Parvosuchus aurelioi. Parvosuchus significa “crocodilo pequeno”, pois o fóssil é de um animal com cerca de um metro de comprimento, enquanto aurelioi é uma homenagem a Pedro Lucas Porcela Aurélio, responsável pela descoberta.
Fóssil do Parvosuchus aurelioi (Imagem: Janaína Brand Dillmann)

Müller observou no fóssil, primeiramente, as vértebras da coluna do animal. Horas depois, foram reveladas partes de sua cintura pélvica. Para o paleontólogo, contudo, o momento mais emocionante foi a revelação da órbita do espécime.

Nesse momento, ficou claro que o crânio daquele organismo também estava preservado. No total, o fóssil preserva o crânio completo, parte da coluna, a cintura pélvica e os membros posteriores.

Rodrigo Temp Müller, paleontólogo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e autor da pesquisa, em entrevista ao g1

Rodrigo Temp Müller (foto) disse que o momento mais emocionante foi a revelação da órbita do animal (Imagem: Janaína Brand Dillmann)

Via Olhar Digital

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