Teresina recebeu especialistas para a missão de supervisão do Projeto Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI) durante toda esta semana. Realizado pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), em colaboração com as secretarias da Agricultura Familiar (SAF), do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada) e o Instituto de Terras do Piauí (Interpi), o evento contou com a participação de representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).
Segundo o secretário do Planejamento, Washington Bonfim, os investimentos na agricultura familiar são uma das prioridades do governador Rafael Fonteles. “Os desafios enfrentados pela agricultura familiar são imensos, mas, com o apoio do Fida e do BID, estamos estabelecendo um novo paradigma de desenvolvimento no Piauí. Com o PSI, estamos moldando um futuro onde a agricultura familiar pode prosperar e onde as comunidades têm acesso a recursos e oportunidades”, afirmou o gestor.
A iniciativa do Governo do Piauí, com o apoio do BID e do Fida, já beneficiou cerca de 60 mil famílias, residentes nos 7 Territórios de Desenvolvimento e 138 municípios abrangidos pelo Programa.
O superintendente de Cooperação Técnico Financeira da Seplan, Eduardo Speeden, elogiou os resultados obtidos nos cinco dias de reuniões. “Esta missão evidenciou que o PSI está avançando de forma eficaz. O Interpi superou as metas de regularização fundiária, o que reflete a colaboração e o compromisso de todos os envolvidos em melhorar a realidade rural do Piauí”, disse em sua fala.
Hardi Vieira, representante do Fida no Brasil, comentou sobre os avanços. “Após a oficina de arranque em março de 2024, essa primeira missão de supervisão demonstrou progressos significativos. Esperamos que na próxima supervisão possamos observar as ações no campo, reforçando o PSI como o primeiro projeto da aliança Fida-BID no país”, explicou.
O PSI visa oferecer suporte às famílias em situação de vulnerabilidade, promovendo a inclusão produtiva por meio de iniciativas em regularização fundiária, acesso à água e tecnologias sociais, como cisternas e biodigestores.
Com um investimento que, com a contrapartida do governo estadual, chegará a R$ 737 milhões, o foco principal do PSI é o fortalecimento da agricultura familiar. O investimento será em três vertentes: Segurança hídrica e saneamento rural, adaptação às mudanças climáticas e desenvolvimento de estudos e disseminação de conhecimentos importantes para o setor.
O programa também se compromete a recuperar a vegetação da caatinga e facilitar o acesso rural. Um foco importante será a participação de mulheres, jovens e comunidades tradicionais, especialmente as quilombolas, garantindo que suas necessidades sejam incorporadas nas estratégias de desenvolvimento.