quarta-feira, novembro 20, 2024
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Relação da Al Jazeera com o Hamas é ‘fenômeno muito perigoso’, avalia correspondente

Henrique Cymerman, correspondente português que atua no Oriente Médio, classificou como um “fenômeno muito perigoso” o fato de seis jornalistas da emissora Al Jazeera estarem ligados aos grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica. Ele deu a declaração na edição desta quinta-feira, 24, do Jornal da Oeste.

Na quarta-feira 23, as Forças de Defesa de Israel (FDI) tornaram público documentos que comprovariam a ligação. De acordo com Cymerman, alguns jornalistas acompanharam os terroristas em massacres, como o que foi perpetrado em 7 de outubro de 2023.

Alguns jornalistas teriam acompanhado os terroristas em alguns massacres, como o que foi perpetrado em 7 de outubro de 2023 | Foto: Reprodução/Redes sociais
Alguns jornalistas teriam acompanhado os terroristas em alguns massacres, como o que foi perpetrado em 7 de outubro de 2023 | Foto: Reprodução/Redes sociais

“É grave porque se trata de um canal extremamente importante”, afirmou o correspondente português. “É a rede mais influente do mundo árabe.”

Os nomes dos jornalistas da Al Jazeera que, segundo as FDI, teriam ligações com o Hamas são:

  1. Anas Jamal Mahmoud Al-Sharif; 
  2. Alaa Abdul Aziz Muhammad Salama; 
  3. Hossam Basel Abdul Karim Shabat;
  4. Ashraf Sami Ashour Saraj;
  5. Ismail Farid Muhammad Abu Omar; e 
  6. Talal Mahmoud Abdul Rahman Aruki.

Israel exige a libertação dos 101 reféns que estão no cativeiro do Hamas

Ainda segundo Cymerman, Israel sabe que a guerra acabaria se os terroristas do Hamas libertarem os 101 reféns que estão presos nos túneis de Gaza. “Enquanto isso não acontecer, a guerra vai continuar.”

Nesta quinta-feira, Israel publicou detalhes dos documentos que comprovariam cooperação estreita entre o Hamas e seis jornalistas da Al Jazeera. 

No acordo, há a proibição de críticas aos terroristas e o estabelecimento de uma linha de comunicação segura entre as organizações. 

Terroristas deram instruções a jornalistas da Al Jazeera 

Em um documento de 2022, divulgado pelas FDI, o Hamas descreve como forneceu instruções claras à Al Jazeera sobre a cobertura de um lançamento falho de foguete da Jihad Islâmica, em Jabaliya, na Palestina. Na ocasião, vários civis foram mortos. 

As instruções incluíam evitar o uso da palavra “massacre” para descrever os ataques, reduzir a exibição de imagens do incidente e garantir que os jornalistas não criticassem o Hamas.

Outro documento do mesmo ano revela as instruções dadas ao jornalista Tamer Almisshall para sua cobertura da Jihad Islâmica durante a Operação Breaking Dawn, em agosto de 2022. 

A Al Jazeera é um canal de notícias estatal com sede em Doha, no Catar. A rede representa um dos grupos de comunicação mais influentes no Oriente Médio. O veículo recebe financiamento do governo catari. Contuto, afirma ser independente editorialmente.

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Via Revista Oeste

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