O Reino Unido começou a prender, nesta quarta-feira, 1º, os imigrantes que vão ser deportados para Ruanda. Eles seriam mandados para o país africano em um intervalo de nove a 12 semanas.
Essa medida vem na sequência da aprovação, pelo Parlamento britânico, de uma nova legislação de deportação. Essa lei constitui a peça central da política de imigração do primeiro-ministro Rishi Sunak.
A estratégia, que foi divulgada pela primeira vez há dois anos pelo então primeiro-ministro, Boris Johnson, prevê o envio de imigrantes que entram ilegalmente no Reino Unido para Ruanda.
A justificativa do governo do Reino Unido
Somente neste ano, o Ministério do Interior britânico registrou a chegada de mais de 7,5 mil migrantes à Inglaterra. Eles chegaram por meio de pequenas embarcações, provenientes da França. O governo afirma que a política de deportação servirá como um desestímulo para aqueles que desejam entrar no Reino Unido.
Contudo, esse método enfrenta severas críticas de organizações humanitárias. Uma delas é a Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, membros da oposição no Parlamento falam sobre os riscos à segurança dos imigrantes.
A preocupação é que Ruanda não seja um destino seguro. Há o temor de que os imigrantes sejam forçados a retornar aos seus países de origem. Em sua terra, eles podem enfrentar perseguições.
Os imigrantes são transportados em voos comerciais
Como parte do acordo, o Reino Unido comprometeu-se a pagar £ 370 milhões (aproximadamente R$ 2,3 bilhões) ao longo de cinco anos a Ruanda, para acolher os imigrantes. Eles serão transportados em voos comerciais, que o governo britânico já organizou.
Imagens divulgadas pelo Ministério do Interior do Reino Unido mostram ações de detenção. Um homem chegou a ser colocado em uma van por agentes de imigração. Outro foi algemado e conduzido para fora de sua residência.
BREAKING: The first people set to be removed to Rwanda have been detained. pic.twitter.com/2WWNhQVC1l
— Home Office (@ukhomeoffice) May 1, 2024
Além disso, o ministério aumentou a capacidade de detenção para acima de 2,2 mil lugares, para acomodar os imigrantes.