O regulamento interno da Polícia Militar (PM) de São Paulo proíbe que seus agentes exerçam trabalhos informais, como segurança particular, para complementar renda.
A corporação afastou quatro policias militares depois de tomar conhecimento que o grupo compunha a escolta do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado na última sexta-feira, 8, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
De acordo com o regimento da PM, as demandas externas (conhecidas como bicos) são infrações ao regulamento disciplinar da instituição. Agentes que exercem atividades informais sofrem punições administrativas.
“As punições são aplicadas conforme a gravidade da infração e o histórico de transgressões do autor”, afirmou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). “Podendo variar de advertência até a exclusão das fileiras da Polícia Militar.”
O boletim de ocorrência registrado na Delegacia do Turismo informou que os agentes militares que compunham a escolta do empresário eram:
- Leando Ortiz (39 anos);
- Jefferson Silva Marques de Souza (29 anos);
- Romarks Cesar Ferreira de Lima (35 anos); e
- Adolfo Oliveira Chagas (34 anos).
A SSP afirmou, neste domingo, 10, que os policiais depuseram em dois inquéritos — da Polícia Civil e Militar. Os agentes tiveram os celulares apreendidos e estão afastados da rotina operacional.
PCC jurou morte de empresário escoltado por agentes da Polícia Militar
A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) jurou a morte do empresário assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Gritzbach havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público, e os agentes da Polícia Militar informalmente faziam a segurança dele.
Nesse contexto, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado ofereceu proteção ao empresário e seus familiares. O objetivo era incluí-los ao Programa Estadual de Proteção a Vítimas e Testemunhas, que a vítima supostamente teria recusado.