Os olhos do mundo estão focados na França em meio a mais uma edição dos Jogos Olímpicos. No entanto, isso também significa aumento dos riscos. Nesta segunda-feira (29), redes de fibra ótica de várias operadoras de telecomunicações foram “sabotadas” em seis áreas do país, segundo a polícia francesa.
Pelo menos seis departamentos da França foram afetados
- A secretária de Estado para assuntos digitais francesa, Marina Ferrari, informou que as depredações afetaram serviços de internet por fibra ótica, de telefonia fixa e telefonia móvel.
- Equipes estão trabalhando para reparar as linhas de fibra ótica.
- Ainda não se sabe o tamanho dos estragos e quantos clientes foram prejudicados.
- Os operadores de telecomunicações Bouygues e Free confirmaram que seus serviços foram afetados.
- Relatos da mídia francesa dão conta de que linhas operadas pelo provedor SFR também foram atingidas.
- Pelo menos seis departamentos administrativos da França foram afetados, incluindo a região ao redor da cidade mediterrânea de Marselha, que está sediando competições de futebol e vela olímpicos.
- A capital Paris, cidade-sede das Olimpíadas, não foi afetada.
- O ataque está sendo investigado.
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Ataques paralisaram trens de Paris antes da abertura das Olimpíadas
O incidente ocorreu três dias após atos coordenados de sabotagem paralisarem os serviços de trens de alta velocidade de Paris horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Na oportunidade, cabos de fibra óptica, que enviam informações sobre os trajetos dos trens para a segurança dos motoristas, foram roubados ou queimados.
A ação fez com que as operações da maior parte dos Trens de Alta Velocidade, do sistema TGV (na sigla em francês), fossem paralisadas. Houve atrasos e cancelamentos em viagens, impactando mais de 800 mil pessoas.
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, descreveu a série de incêndios como “atos de sabotagem” realizados de maneira “preparada e coordenada”. Já o presidente-executivo da empresa pública francesa responsável pelo transporte ferroviário, a SNCF, Jean-Pierre Farandou, disse que não há um prazo para que o problema seja resolvido porque a manutenção é manual e precisa ser feita uma a uma, sendo necessário centenas de trabalhadores.