sábado, setembro 28, 2024
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Rebelião em Franco da Rocha (SP) resulta em transferência

Após uma rebelião na Penitenciária 1 de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, que ocorreu no sábado 20, 161 presos foram transferidos para o interior do Estado. As transferências ocorreram nesta segunda-feira, 22.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do Estado de São Paulo afirmou que a medida visa a aplicar “sanção disciplinar” aos detentos envolvidos.

Durante a rebelião, os presos incendiaram colchões e exibiram cartazes com frases como “Abaixo à repressão” e “Fora atual diretoria”. No pátio, escreveram “PCC” com lençóis, em alusão à facção criminosa Primeiro Comando da Capital.

O Grupo de Intervenção Rápida, que pertence à SAP, atuou para conter a rebelião do último fim de semana. Para isso, os agentes de segurança utilizaram balas de borracha.

Inicialmente, a SAP informou que três pessoas tinham se ferido. O número, entretanto, foi atualizado para cinco nesta terça-feira, 23. Ao site Metrópoles, fontes afirmaram que o clima na Penitenciária 1 de Franco da Rocha ficou mais tenso na semana anterior à rebelião, depois de uma troca de presos com o Centro de Progressão Penitenciária do Butantan, na capital paulista.

Entre as maiores insatisfações dos presos estava o suposto isolamento de 20 dias depois da transferência. O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) descreveu a rebelião como uma “tragédia anunciada”. Além disso, destacou uma escalada da violência contra os servidores.

Escalada de violência, fugas recentes e rebelião

Rebelião promovida pelo PCC, uma das maiores facções criminosas do mundo | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons
Registro de arquivo de uma rebelião promovida pelo PCC, facção criminosa que surgiu no Estado de São Paulo | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Em nota, a Sifuspesp lembrou que a rebelião na Penitenciária 1 de Franco da Rocha se deu em meio ao aumento de fugas no sistema prisional paulista.

“Com o assustador número de 18 fugas do regime semiaberto somente entre dezembro de 2023 e maio de 2024, pela primeira vez depois de quatro anos um presídio paulista registra uma rebelião”, afirmou a entidade. “A situação, longe de ser um ponto fora da curva, é o resultado da inércia de várias gestões do governo estadual, que ignora os alertas e coloca em risco a vida de servidores e da população.”

Uma semana antes da rebelião em Franco da Rocha, sete presos fugiram do Centro de Progressão de Pena do Butantan. O presídio, a saber, fica na zona oeste de São Paulo, de 13 a 15 de julho. A unidade prisional também registrou um motim e teve as visitas suspensas.

Via Revista Oeste

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