segunda-feira, fevereiro 24, 2025
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Ratos fazem primeiros socorros em companheiros de espécie, diz estudo

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia registrou e descreveu um comportamento social curioso entre camundongos. A pesquisa mostra que eles são capazes de prestar os primeiros socorros em companheiros de espécie identificados como inativos, emulando ações que se assemelham à respiração boca-a-boca, por exemplo.

Eles conseguem identificar outros que estão inconscientes ou apresentam baixa responsividade e, como já foi relato em outras espécies de mamíferos como primatas e elefantes, apresentam um comportamento de auxílio. Os ratos tendem a se aproximar justamente dos companheiros de espécie que aparentam estar vulneráveis, dar patadas e começar a cheirar, lamber e morder sua boca, na tentativa de reanimar o animal combalido.

Quem coordena essa ação é a amígdala medial, área do cérebro em foi registrada uma variação na atividade neural entre os ratos acordados e sedados durante o experimento. É justamente ela que ativa o comportamento dos ratos socorristas com ações em sua cabeça, conforme mostra o estudo publicado na revista Science na sexta-feira (21).

Não há ainda literatura científica capaz de explicar o comportamento em detalhes, relacionar a ação dos camundongos com o que é observado em outras espécies ou indicar se existe uma justificativa científica para a empatia dentro da mesma espécie.

O que se observou no estudo, no entanto, foi o fato de que mesmo ratos filhotes, que nunca tinham presenciado esse tipo de comportamento, também se engajaram na missão de salvar companheiros combalidos — o que indica que esse tipo de comportamento pode ser instintivo, em vez de ser algo que o rato aprende socialmente durante a vida.

“Nossas descobertas sugerem, portanto, que os animais exibem respostas de emergência semelhantes à reanimação e que auxiliar membros do grupo não responsivos pode ser um comportamento inato amplamente presente entre animais sociais”, diz um trecho do estudo.

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Via CNN

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