sexta-feira, novembro 22, 2024
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Raios gamas de fundo apresentam sinal inexplicável que intriga cientistas

O Sistema Solar não está imóvel no espaço, na verdade, ela viaja a velocidade de 320 quilômetros por segundo em torno do centro galáctico. Dessa forma, parte do Universo parece estar vindo em nossa direção, enquanto o lado oposto parece estar se afastando. Esse efeito pode ser observado, por exemplo, no eco de luz do Big Bang, a Radiação Cósmica de Fundo. Pensava-se que ele poderia ser vista também nos raios gamas de fundo, no entanto, uma nova pesquisa revelou algo muito diferente.

A pesquisa foi recentemente publicada no The Astronomical Journal e apresentada na 234ª reunião da Sociedade Astronômica Americana e usou observações realizadas durante 13 anos pelo Large Area Telescope (LAT) do satélite Fermi para realizar o estudo.



Para quem tem pressa:

  • Pensava-se que os raios gamas de fundo possuía o mesmo comportamento que os raios cósmicos de fundo, no entanto, o estudo revelou algo diferente;
  • Percebeu-se que eles se originam de um local muito diferente e mais intenso do que se pensava;
  • Seu pico foi encontrado no céu meridional e acredita-se que ele esteja relacionado com os raios cósmicos de energia ultraelevada.

Raios gamas de fundo

Os raios gamas de fundo se originam a partir de eventos muito energéticos, o que fazia os cientistas pensarem que eles possuíam um comportamento parecido a Radiação Cósmica de Fundo, mesmo ele sendo bilhões de vezes mais energético que a luz normal.

A investigação revelou que esses raios gamas de fundo observados, ou dipolos, como são tecnicamente chamados, não se parecem nada com a Radiação Cósmica de Fundo, ele está em um local muito diferente e é mais intenso do que se pensava.

Encontramos um dipolo de raios gama, mas o seu pico está localizado no céu meridional, longe do CMB, e a sua magnitude é 10 vezes maior do que esperaríamos do nosso movimento. Embora não seja o que procurávamos, suspeitamos que possa estar relacionado com uma característica semelhante relatada para os raios cósmicos de maior energia.

Chris Shrader, astrofísico e coautor do estudo, em comunicado 

Esses raios cósmicos de energia ultraelevada conseguem transportar bilhões de vezes mais energia que os raios gama de fundo, mas os cientistas não sabem exatamente de onde eles vêm. No entanto, há um excesso dessa radiação vindo dos mesmo local que os raios gamas de fundo, fazendo acreditar que eles estão relacionados.

Via Olhar Digital

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