Cientistas da Universidade de Colônia, na Alemanha, descobriram que a radiação ultravioleta emitida por estrelas gigantes pode alterar o modo de formação de sistemas planetários.
Buscando descobrir como o Sistema Solar foi formado, estudiosos utilizaram informações obtidas a partir do Telescópio Espacial James Webb (JWST) e o Atacama Large Millimeter Array (ALMA). Eles descobriram que, dependendo da massa da estrela, elas podem ajudar planetas a se formarem ou impedir que dispersem sua massa.
O estudo publicado na revista Science analisou o papel de estrelas gigantes, com massa até 10 vezes maior que a do Sol e 100 mil vezes mais luminosas que a estrela do Sistema Solar, a partir de um protoplaneta, que é um “planeta em construção”.
O astro, que tem o nome provisório de d203-506, está localizado na Nebulosa de Orion, um “berço de estrelas”, lugar onde elas são formadas.
Essas estrelas, devido à intensidade da luminosidade que emitem, expõem os planetas que estão próximos a uma forte iluminação ultravioleta.
“Durante seu processo de desenvolvimento, as estrelas jovens são cercadas por um disco protoplanetário de gás e poeira no qual planetas podem se formar. As estrelas geralmente se formam em aglomerados, e as brilhantes e de grande massa irradiam com luz ultravioleta os discos ao redor das estrelas de baixa massa.” explicou Keith T. Smith, editor da revista Science.
Essa investigação ajuda a comunidade científica a dar mais passos à frente nas descobertas sobre a formação dos sistemas planetários.
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