Um estudo feito pela Universidade Sakarya, na Turquia, identificou que o pilates ajuda a melhorar a libido, facilita o orgasmo e diminui a dor durante o sexo.
Os resultados foram muito animadores. A vida sexual das mulheres melhorou drasticamente após três meses de estudo: seus níveis de desejo melhoraram em 136%, enquanto o número de orgasmos aumentou 140% e sua dor durante o sexo caiu 116%. Além disso, houve grande melhora no humor.
A pesquisa acompanhou cerca de 36 mulheres, de 20 a 50 anos e que mantinham um relacionamento sexualmente ativo há pelo menos três meses e menstruavam regularmente. Elas participaram de uma aula de pilates de uma hora duas vezes por semana durante três meses e não fizeram outros exercícios.
A prática envolvia exercícios repetitivos para aumentar a força, estabilidade e flexibilidade. Além disso, trabalhava utilizando seis princípios básicos: centralização, concentração, controle, precisão, respiração e fluxo. Os pesquisadores afirmam que as mudanças na resposta sexual das mulheres estão ‘intimamente ligadas às flutuações do dia a dia de felicidade, entusiasmo, calma e medo’. Afinal, o pilates está associado ao humor positivo.
Mas certamente há outra questão envolvida. O pilates já foi documentado na literatura como prática que fortalece os músculos do assoalho pélvico, que tem função de sustentar e suspender os órgãos pélvicos e abdominais, mantendo a continência urinária e fecal, sustentar a coluna vertebral, além da participação na função sexual. Quanto mais fortalecido, melhor controle muscular, favorecendo o prazer na relação sexual, bem como a capacidade de ter orgasmos.
Embora esse estudo tenha sido realizado com mulheres, o assoalho pélvico fortalecido em homens melhora a capacidade erétil e de controle ejaculatório, portanto a prática do pilates é indicada para ambos os gêneros.
A prática de exercícios físicos é grande aliada da saúde sexual. Os aeróbicos melhoram o sistema circulatório, fundamental para o bom fluxo sanguíneo necessário para a boa resposta de excitação sexual: lubrificação e intumescimento do clitóris nas mulheres e ereção nos homens.
Quando fortalecemos nossa condição cardiovascular, diminuímos os riscos de desenvolver problemas como pressão alta e diabetes, que podem interferir diretamente na resposta sexual. Mesmo a prática regular de atividade física de baixo impacto, como a caminhada, já é suficiente para sentir impacto positivo no bem-estar sexual.