Os ataques aéreos conduzidos por Israel no Irã, nesta quinta-feira, 12, neutralizaram autoridades iranianas de alto escalão. Entre as vítimas, está o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami, cuja morte foi confirmada pela emissora estatal iraniana.
Salami liderava a força armada mais influente do país desde abril de 2019, sendo a figura central no cenário militar iraniano. Por isso, ele era um dos homens mais poderosos do Irã.
Além dele, morreram o comandante estratégico das Forças Armadas, Gholam-Ali Rashid; o responsável pelo Plano Amad, relacionado ao desenvolvimento nuclear, Mohammad Tehranchi; e o ex-líder da Organização de Energia Atômica Fereydoon Abbasi.
Papel da Guarda Revolucionária do Irã
A Guarda Revolucionária, criada depois da Revolução Islâmica de 1979, atua como braço próprio das Forças Armadas do Irã. O órgão possui ministérios e divisões navais e aéreas. Os Estados Unidos afirmam que a organização mantém vínculos com grupos terroristas como Hamas e Hezbollah, inimigos de Washington.
Os ataques desta quinta-feira, 12, ocorreram depois de meses de tensão e ameaças entre os rivais históricos Israel e Irã, numa ação que intensifica o conflito que já dura oito meses. As Forças de Defesa de Israel classificaram o ato como preventivo e relataram que, entre seus alvos, estavam instalações nucleares distribuídas em diferentes regiões iranianas.
Posição das Forças de Defesa de Israel

Segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel, “em pouco tempo, dezenas de jatos concluíram a primeira etapa [da ação], que incluiu ataques a dezenas de alvos militares e nucleares em diferentes áreas do Irã”.
Logo depois dos bombardeios, Israel decretou estado de emergência nacional e determinou o fechamento do espaço aéreo, diante do risco de retaliação por parte do Irã. O governo iraniano já havia sinalizado disposição para responder a ataques contra seu território, envolvendo também bases norte-americanas na região.