domingo, julho 7, 2024
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Quem é o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército que depõe à PF sobre suposta tentativa de golpe

O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, depõe nesta sexta-feira (1º) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e militares. O general estava na Espanha, onde moram familiares, mas providenciou retorno ao Brasil para prestar esclarecimentos à Polícia Federal (PF).

Segundo interlocutores, Freire Gomes – que comandou o Exército entre março e dezembro de 2022 – está disposto a responder a todos os questionamentos dos investigadores.

Conforme relatório da PF, o general não aderiu à tentativa de golpe de Estado e foi chamado de “cagão” pelo general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, e vice de Bolsonaro na disputa pela reeleição.

Em depoimento à PF na semana passada, o general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira confirmou que se reuniu com o ex-presidente no dia 9 de dezembro de 2022 a pedido do então comandante Freire Gomes. A PF aponta que, nesse encontro, no Palácio da Alvorada, teria sido discutido o plano de golpe de Estado.

Teophilo, na época à frente do Comando de Operações Terrestres (Coter) seria o responsável por acionar militares das Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos”, para consolidar o golpe, caso isso fosse decidido.

Aliados de Freire Gomes minimizam o depoimento de Theophilo e afirmam que nenhum general se reúne com o presidente da República sem conhecimento do comandante da Força. Já bolsonaristas afirmam que o Exército age para blindar Freire Gomes nas investigações.

Marco Antônio Freire Gomes nasceu em 31 de julho de 1957, na cidade de Pirassununga, no interior de São Paulo. É filho do coronel de Cavalaria do Exército Francisco Valdir Gomes e de Maria Enilda Freire Gomes.

Foi estudante dos colégios militares do Rio de Janeiro e de Fortaleza. Ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), no ano de 1977. Se formou em 1980, sendo declarado aspirante a oficial da Cavalaria.

Freire Gomes realizou cursos de formação, aperfeiçoamento, altos estudos, política, estratégia e alta administração do Exército, além do básico de paraquedista, mestre de salto, salto livre, avançado de salto livre, ações de Comandos, Forças Especiais, logística e mobilização da expressão militar do Poder Nacional e segurança presidencial.

Nos Estados Unidos passou pelos cursos de gerenciamento de crise e de contraterrorismo e coordenação intransigências. No Egito, realizou o Senior Mission Leaders Course (Curso para Líderes de Missão Sênior, em tradução livre).

Em sua carreira militar serviu no 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado (RC Mec), em Bela Vista (MS); no 10º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, em Recife; e no 16º RC Mec, em Bayeux (PB).

Também esteve no 1º Batalhão de Forças Especiais e no Comando da Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro, e fez parte do Grupo de Observadores das Nações Unidas na América Central (Onuca). Foi comandante do 1º Batalhão de Ações de Comandos, em Goiânia e retornou à Aman como instrutor.

Como oficial, foi chefe da Divisão de Operações e da Divisão de Inteligência do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chefe do Serviço Militar Regional do Comando da 11ª Região Militar, em Brasília, adido militar de Defesa e do Exército junto à Embaixada do Brasil na Espanha; chefe da Seção de Doutrina e Assistente da 3ª Subchefia do Estado-Maior do Exército, em Brasília; oficial do Estado-Maior Conjunto do Ministério da Defesa e, novamente, oficial do GSI.

No generalato, esteve nos cargos de comandante da Brigada de Operações Especiais e do Comando de Operações Especiais, em Goiânia; 1º Subchefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), em Brasília; comandante da 10ª Região Militar, em Fortaleza; secretário-executivo do GSI; comandante militar do Nordeste, em Recife; e comandante de Operações Terrestres, em Brasília.

Entre março e dezembro de 2022, Freire Gomes foi comandante do Exército Brasileiro.

(Com informações de Douglas Porto, da CNN, em São Paulo)

Via CNN

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