Apoiado pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB), o ex-governador goiano e ex-senador Marconi Perillo é o novo líder dos tucanos.
Já tendo passado por MDB e PP, Perillo assume o PSDB tendo a missão de colocar o partido de novo entre os protagonistas.
“Nós somos talvez o único partido, fora da polarização, que tem um nome, uma história que está sendo construída, que tem um propósito e que terá o melhor programa para o país”, disse após ser escolhido como novo presidente do PSDB na quinta-feira (30), durante a definição da Executiva Nacional do partido.
Com Aécio retomando espaço no partido, Perillo foi apontado como favorito na disputa, apoiado pelo diretório de Minas Gerais e setores do partido em São Paulo.
“Estou imensamente feliz com a eleição de Marconi Perillo e, principalmente, com a construção que fizemos que levou a uma eleição por unanimidade, por aclamação”, disse Aécio. “Especula-se sempre muito em divergências, em rachas. Hoje, demos uma demonstração clara de que acima de posicionamentos naturais ou divergências pontuais, existe nosso compromisso de fortalecer o partido”, expressou.
Marconi Ferreira Perillo Júnior nasceu em 7 de março de 1963 em Palmeiras de Goiás, no interior do estado.
É filho de Marconi Ferreira Perillo e Maria Pires Perillo. Seu avô, Luiz Perillo, foi deputado estadual entre 1917 e 1924.
Sua carreira política começou em 1988, como assessor especial do ex-governador Henrique Santillo. Em 1991, foi eleito deputado estadual pelo então PMDB, hoje MDB.
Na eleição seguinte, em 1995, chegou à Câmara dos Deputados, pelo PP. Durante a legislatura, migrou para o PSDB, do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Perillo chegou à liderança do Executivo goiano em 1998, após superar Iris Rezende, ex-governador do estado por dois mandatos até então e ex-companheiro de MDB. Em 2002 foi reeleito para o cargo.
Após oito anos como governador, no pleito de 2006, foi eleito senador. Perillo foi vice-presidente da Casa entre 2009 e 2010.
Entretanto, em 2010, ele abandonou o mandato para ser novamente governador de Goiás. Em 2014 conseguiu uma nova reeleição.
Em 2018, o tucano tentou novamente voltar ao Senado, mas ficou em quinto na disputa, com pouco mais de 7% dos votos.
Durante a campanha eleitoral, Perillo foi alvo da Polícia Federal (PF) e, posteriormente, chegou a ser preso em uma operação que investigava denúncias de pagamento de propina em Goiás. Ele foi solto após um dia na prisão, com sua defesa negando as denúncias. Em 2022, a operação foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na eleição do ano passado, o tucano tentou novamente uma vaga no Senado, mas não teve êxito — ele terminou a corrida em segundo lugar, com 19,80% dos votos.