quinta-feira, setembro 19, 2024
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Quem é Kimberly Cheatle, diretora do Serviço Secreto dos EUA

A dinâmica do atentado contra Donald Trump gerou duras acusações contra o Serviço Secreto, agência dirigida por Kimberly Cheatle.

Kimberly Cheatle, Diretora do Serviço Secreto dos EUA
Kimberly Cheatle, Diretora do Serviço Secreto dos EUA

Muitos deputados e senadores americanos estão criticando Cheatle por ter se preocupado mais em promover questões de “diversidade” entre os seus funcionários do que o treinamento contra potenciais ameaças.

As inúmeras falhas na prevenção e o caos da segunda fase, quando o candidato foi retirado do palco, ficaram ainda mais evidentes com as imagens do ataque transmitidas nas televisões e nas redes sociais do mundo inteiro.

Cheatle foi convocada para uma audiência perante o Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos.

Três décadas no Serviço Secreto

Cheatle passou 27 anos como funcionária do Serviço Secreto, entrando em meados da década de 1990. Em 2008 se tornou responsável pela segurança do então vice-presidente Joe Biden.

Após uma breve passagem como diretora global da segurança da Pepsi, ela voltou em 2022 para o Serviço Secreto.

“Ele tem toda a minha confiança”, disse Biden ao anunciar sua nomeação.

Cheatle comanda cerca de oito mil agentes especiais divididos em vários setores, administrando um orçamento de US$ 133,5 milhões e coordenando dez divisões operacionais.

Congresso americano abre investigação após atentado contra Trump

Após o ataque a Trump, o Congresso lançou uma investigação sobre as responsabilidades do Serviço Secreto.

Tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados começaram a ser coletadas informações, documentos e depoimentos sobre o ocorrido no comício na Pensilvânia. A começar pelas falhas no dispositivo de vigilância e pelas medidas que deverão ser adotadas no futuro para garantir a segurança dos candidatos nas eleições de novembro.

A questão que os líderes Democratas e Republicanos colocam é como foi possível um homem abrir fogo contra uma pessoa sob a proteção do Serviço Secreto, que deveria garantir a segurança do presidente dos Estados Unidos, dos ex-ocupantes da Casa Branca, dos candidatos presidenciáveis e de suas famílias.

A deputada conservadora Ann Coulter apresentou uma coleta de assinaturas para contestar as quotas femininas dentro do Serviço Secreto, depois de algumas das mulheres que acompanhavam Trump não parecerem de atuar à altura dos acontecimentos nos momentos imediatamente após o tiroteio.

O presidente do Comitê de Segurança Interna da Câmara, Mark Greene, solicitou documentos, detalhes e um relatório sobre as medidas de segurança tomadas para o comício de Trump.

Em uma carta de três páginas ele denunciou as “graves preocupações sobre como um agressor conseguiu chegar a um telhado de onde Trump estava no linha de fogo”.

Seu homólogo no Senado, Gary Peters, anunciou uma investigação separada sobre o que aconteceu.

Os legisladores do Partido Republicano também foram informados de que poderão solicitar maior segurança nos seus distritos, se necessário.

O presidente da Câmara, Mike Johnson, também interveio sobre a questão, pedindo aos deputados de ambos os lados que abaixassem o tom.

Em particular pediu aos democratas que evitassem a retórica segundo a qual uma vitória de Trump nas eleições constituiria “o fim da democracia” ou “uma emergência nacional”.

Num futuro próximo, Cheatle terá de demonstrar com reconstruções confiáveis ​​que fez todo o possível para garantir a segurança de Trump e multiplicar os esforços da agência para evitar uma repetição do que aconteceu com Butler nos últimos meses da campanha eleitoral.

Peritos questionam dinâmica dos tiros

Além disso, começam a surgir os primeiros resultados de análises forenses.

De acordo com Catalin Grigoras, diretor do Centro Nacional de Mídia Forense da Universidade do Colorado em Denver, e Cole Whitecotton, pesquisador associado sênior que trabalha na mesma instituição, no ataque ao comício de Trump teriam sido utilizadas três armas diferentes.

Os três primeiros tiros seriam compatíveis com a suposta arma A, os próximos cinco com a suposta arma B, enquanto o último “impulso acústico” teria sido emitido por uma possível arma C.

O perito forense Robert Maher confirmou que o atirador estava em uma distância de cerca de 120 metros do palanque de Trump.

Via Revista Oeste

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