quarta-feira, outubro 2, 2024
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Quem é Alexandre Ramagem, alvo da PF em operação na Abin

De policial a político: conheça a trajetória do ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência

Alvo de operação da Polícia Federal (PF) que investiga o uso de um software espião pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. Desde que ingressou na PF, em 2005, ele assumiu funções de liderança na corporação e de chefia em gestão pública.

Entre os cargos que ocupou nos últimos anos, o atual deputado federal pelo Partido Liberal (PL) chefiou a Abin no período em que possíveis monitoramentos ilegais teriam sido feitos, por meio do sistema FirstMile. O episódio ocorreu na gestão do governo Bolsonaro.

Última Milha

A operação deflagrada nesta quinta-feira, 24, contra o deputado e outros alvos é um desdobramento da Operação Última Milha, com início em outubro de 2023.

De acordo com a PF, a investigação aponta para uma “organização criminosa que se instalou na agência para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas”.

Com ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, policiais fizeram, hoje, buscas no gabinete do parlamentar, em Brasília, e na casa dele, no Rio de Janeiro.

Deputado Alexandre Ramagem já comandou a Abin | Foto: Reprodução/X/@meioindep

A corporação acredita que ele tenha envolvimento em esquema que utilizou ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Carreira de Ramagem

Conheça a trajetória do policial que comandou o órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência — até se tornar um político e alvo de investigação.

  • 2005 – assumiu o cargo de delegado da PF, onde comandou divisões de Administração de Recursos Humanos e de Estudos, Legislações e Pareceres;
  • 2012- coordenou a Conferência das Nações Unidas Rio+20;
  • 2014 – coordenou a Copa do Mundo;
  • 2017 – faz parte da equipe investigativa e de inteligência no âmbito da Operação Lava Jato;
  • 2018 – coordenou o departamento de Recursos Humanos da PF;
  • 2019 – tornou-se assessor especial da Secretaria de Governo do general Carlos Santos Cruz; no mesmo ano, assumiu a direção da Abin;
  • 2020 – foi indicado por Bolsonaro para comandar a PF, mas a nomeação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF); e em 2022 deixou a Abin para concorrer às eleições para deputado, vencendo o pleito com 59 mil votos.
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