Um apagão atingiu Acre e Rondônia nesta semana. As causas ainda estão sendo investigadas. Mas o governo não descarta que usinas hidrelétricas foram desligadas por conta das fortes queimadas na região Norte.
“Há a princípio uma informação, ainda não oficial, mas uma informação do próprio ONS [Operador Nacional do Sistema Elétrico], que um dos operadores da transmissão disse que tinha uma queimada muito forte”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista após evento.
Apagão começou numa subestação no Norte do Brasil possivelmente por conta de queimadas
O apagão que atingiu Acre e Rondônia começou numa subestação da empresa responsável pela transmissão de energia da região ao Sudeste. Em seguida, as duas usinas hidrelétricas do rio Madeira foram desligadas, segundo apuração do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a IE Madeira, o problema ocorreu na estação de conversão de voltagem de Porto Velho. A empresa é concessionária desse sistema e controlada pela ISA Cteep, com participações minoritárias de subsidiárias da Eletrobras.
De acordo com o boletim diário de operação do ONS, o apagão começou às 16h47, com bloqueio automático de equipamentos do sistema de transmissão. Esse bloqueio levou ao desligamento automático das hidrelétricas Jirau e Santo Antônio. E da linha que liga Rondônia ao Acre.
Ao todo, aproximadamente 800 mil clientes da distribuidora Energisa foram afetados pelo apagão. A empresa retomou o fornecimento de energia às 20h40, segundo o ONS.
A IE Madeira também informou que não há indícios de defeito nos equipamentos. E acrescentou que as causas do bloqueio serão investigadas, num trabalho coordenado pelo ONS.
Incêndios florestais causam forte fumaça e estragos em SP
Vários incêndios florestais ocorridos em vegetação no interior do Estado de São Paulo têm causado transtornos em diversas cidades da região desde quinta-feira (22). Em Ribeirão Preto, por exemplo, motoristas ficaram sem visibilidade em rodovias por conta da fumaça.
Na capital paulista, o céu ficou cinza, similar ao aspecto de poluição, por conta da fumaça desses incêndios e também pelos ocorridos na Amazônia. Dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) apontam que todas as estações que medem a situação do ar na Grande São Paulo indicavam qualidade ruim ou moderada.