Os índices de queimadas no 1° semestre de 2024 na Amazônia são os maiores dos últimos 20 anos no Brasil. Os registros são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Entre 1° de janeiro e 23 de junho deste ano, a região amazônica registrou 12,6 mil focos de incêndio. Apenas 2003 e 2004, com 4,6 mil e 14,4 mil focos de fogo, respectivamente, tiveram semestres piores.
Em relação ao mesmo período do ano passado, 2024 registra alta de 76% no número de incêndios. A alta do semestre corrobora a medição do mês de fevereiro. Na ocasião, o Brasil registrou 3,1 mil focos de incêndio — a maior da série histórica. As medições começaram em 1999.
Queimadas no Pantanal e no cerrado são as maiores registradas na história
Não é só a Amazônia que queima no primeiro semestre de 2024. Os focos de incêndio no Pantanal e no cerrado, entre 1° de janeiro e 23 de junho, bateram recordes históricos no Brasil. Esse é o pior começo de ano desde o início do registro do Inpe, em 1988.
No Pantanal, o instituto registrou 3,2 mil focos de incêndio. Esse número representa um aumento de 22 vezes, quando comparado com o mesmo período de 2023. As queimadas no bioma também superaram o 1° semestre de 2020. Naquele ano, os registros foram de 2,5 mil focos de fogo.
Já o cerrado tem 12 mil incêndios em 2024. Em comparação com o mesmo período de 2023, há um aumento de 32%. Do total do bioma atingido pelas chamas, cerca de 53% fica em local conhecido como Matopiba. Ela compreende os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Chuvas escassas na região foram insuficientes para transbordar rios.
Nesta segunda-feira, 24, o governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência por causa dos incêndios no Pantanal. A medida tem validade de 180 dias, em todo o Estado, e foi publicada no Diário Oficial.