Publicado pela editora Cell Press, na quarta-feira 25, um estudo descobriu o queijo mais antigo do mundo.
Conforme a análise de pesquisadores, o alimento foi achado no interior de múmias achadas na Bacia de Tarim, em Xinjiang, na China. Os restos mortais têm 3,5 mil anos.
De acordo com o trabalho, os corpos estavam enterrados em caixões no deserto árido. Desde 1990, os cadáveres chamam a atenção dos cientistas, por causa da aparência física incomum. Dessa forma, os acadêmicos especularam que eram descendentes de pastores Yamnaya, do sul da Rússia.
Origem das múmias onde o queijo mais antigo do mundo foi achado
Em 2021, cientistas descobriram que as múmias eram descendentes de um grupo indígena asiático. A atividade agropastoril da população incluía a criação de gado, ovelhas e cabras, além do cultivo de trigo, cevada e painço.
O estudo recente sequenciou o DNA do queijo e revelou a evolução das bactérias probióticas nos últimos 3,5 mil anos.
Análise do DNA do queijo
Os resultados sugerem uma nova rota do kefir, pois antes acreditava-se que o alimento surgiu no Cáucaso e migrou para a Europa. Agora, contudo, há a possibilidade de que também tenha passado por Xinjiang, onde as múmias estão.
“Como parte da cultura humana, a história da fermentação do leite é uma parte indispensável para entender o passado humano e seus impactos no estilo de vida dos humanos atuais”, escreveram os pesquisadores no novo estudo.