As pessoas que estavam a bordo do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP) morreram de politraumatismo, informou a Polícia Técnico-Científica de São Paulo na segunda-feira (12). Na aeronave, estavam 62 pessoas: 58 passageiros e quatro tripulantes.
“Hoje, nós temos a convicção de que todos morreram de politraumatismo. É uma certeza científica, a aeronave despencou de uma altura de quatro mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos eles sofreram politraumatismo”, disse o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Vladmir Alves dos Reis.
O avião despencou quatro quilômetros de uma vez e atingiu o solo a 440 km/h. O diretor do IML acrescentou que as vítimas morreram com o impacto da queda e, depois, seus corpos foram carbonizados.
O reconhecimento dos corpos ainda não tem prazo para terminar. E os primeiros sepultamentos ocorreram na segunda-feira.
Avião que caiu em Vinhedo tinha problemas e ficou quatro meses sem voar
Antes de cair num condomínio no interior paulista, a aeronave modelo ATR-72 tinha registrado problemas com ar-condicionado e sistema hidráulico. Isso foi em março de 2024.
Além disso, o avião tinha sofrido “dano estrutural” por “contato anormal” com a pista, o que o deixou fora de operação por quatro meses. Segundo o programa Fantástico, da TV Globo, esse contato foi um choque da cauda da aeronave com a pista.
Em relação ao acidente – o pior desde aquele com um avião da TAM no aeroporto de Congonhas, em 2007 – o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu a “ação inicial” da investigação e extraiu o conteúdo das duas caixas-pretas da aeronave. O relatório preliminar sobre a queda do avião em Vinhedo deve sair em até 30 dias.