O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou, nesta segunda-feira, 22, sobre a desistência de Joe Biden de concorrer à reeleição da Presidência dos Estados Unidos. A decisão do democrata foi anunciada no domingo 21.
Lula disse que espera manter a parceria estratégica do Brasil com os Estados Unidos, independente de quem for eleito. O Partido Democrata terá de decidir, agora, o novo nome para substituir Biden na disputa contra Donald Trump. O presidente norte-americano declarou apoio à sua vice, Kamala Harris.
“Eu fiquei muito feliz quando o presidente Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores”, declarou Lula. “Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo.”
Lula ainda disse “gostar e respeitar muito” Biden, e que só o presidente dos EUA “poderia decidir se iria ou não ser candidato.”
“Agora, eles vão escolher uma candidata ou um candidato e que o melhor vença a eleição”, afirmou. “A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la.”
Ministros se manifestaram antes de Lula
Até o início da noite de domingo 21, ao menos sete ministros de Estados já tinham se manifestado sobre a saída de Joe Biden da corrida presidencial dos EUA. O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, ainda não se pronunciou.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, foi a primeira a comentar a desistência de Biden. “Política não é personalismo, mas, sim, serviço a favor das ideias e valores”, escreveu no Twitter/X.
“Biden dá uma demonstração enorme de grandeza política ao compreender que os democratas precisam de um fato novo para enfrentar o conservadorismo extremista que ameaça o mundo”, disse. “Que os democratas tenham o mesmo altruísmo e sabedoria na escolha para confrontar o extremismo.”
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que “o presidente Joe Biden deu uma demonstração de grandeza política ao abrir mão de disputar a reeleição.”
“Vai entrar para a história como um político honrado, que colocou os interesses do país acima dos seus próprios”, disse. “A defesa da democracia e das instituições fará parte do seu legado à frente da Presidência.”
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, classificou a saída do democrata da disputa eleitoral como um “marco significativo na política americana, especialmente neste momento histórico de confrontar o extremismo”.
Anielle também disse que a mudança “têm um impacto global, refletindo diretamente no Brasil e em outros países”, e que a indicação de Kamala Harris por Biden poderia “inspirar e impulsionar” nosso país “a seguir um caminho semelhante”.