quinta-feira, novembro 21, 2024
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Quase metade da floresta amazônica pode colapsar até 2050

Um estudo promovido por cientistas brasileiros serve como novo alerta sobre o futuro da floresta amazônica. De acordo com eles, até 2050, quase metade da Amazônia poderá ter atingido o chamado ponto de não retorno, quando o bioma sofre danos irreversíveis e entra em colapso.

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De acordo com os especialistas, caso o cenário se confirme, os reflexos para a Terra seriam catastróficos. Atingir este ponto significaria que a Amazônia não conseguiria mais atuar na captura de CO2, acentuando ainda mais os efeitos das mudanças climáticas.

Estimativas levadas em conta em outros estudos apontam a possibilidade de não retorno com um desmatamento de 20% a 25% da floresta. A perda de vegetação está, atualmente, em uma faixa de 14% a 20%.

Nos últimos cinco anos, a Amazônia perdeu 54,6 mil quilômetros quadrados apenas em território brasileiro, segundo dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O aumento da devastação foi interrompido no primeiro ano do governo Lula. As informações são da Folha de São Paulo.

Colapso da floresta amazônica traria graves consequências para todo o planeta (Imagem: Nelson Antoine/Shutterstock)

Efeitos na Amazônia

  • O novo estudo sugere que a floresta está cada vez mais exposta a pressões, com aumento de temperaturas, secas extremas, desmatamento e fogo, mesmo nas áreas mais centrais ou nas mais remotas.
  • O colapso do bioma pode ser local, regional ou mesmo total, o pior dos cenários.
  • Para evitar que isso se torne realidade, é preciso interromper o desmatamento e a degradação e expandir iniciativas de reflorestamento, afirmam os pesquisadores.
  • Entre os limites críticos citados estão um aumento de temperatura acima de 1,5°C e desmatamento acumulado de 20% da cobertura florestal.
  • Os modelos usados para a pesquisa projetam, até 2050, um aumento significativo de dias secos (de 10 a 30 dias) e da temperatura (de 2°C a 4°C).
  • Assim, pode haver um déficit de vapor e uma crise hídrica.
  • Ainda segundo o estudo, 10% da floresta amazônica têm potencial alto de transição, inclusive para uma feição de baixa cobertura de árvores, uma savanização do bioma.
  • O estudo foi publicado na revista Nature.

Via Olhar Digital

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