terça-feira, junho 17, 2025
InícioDestaqueQuase 80% da indústria paulista tem dificuldade em contratações

Quase 80% da indústria paulista tem dificuldade em contratações

A dificuldade para contratar profissionais qualificados tem se consolidado como um dos principais obstáculos ao crescimento da indústria em São Paulo. De acordo com uma pesquisa recente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), 77% das empresas paulistas relataram dificuldades para encontrar candidatos adequados às vagas.

O cenário é fruto de diversos fatores combinados: o aquecimento do mercado de trabalho, a baixa taxa de desemprego, o aumento da informalidade e a defasagem na formação profissional. 

Na pesquisa Rumos da Indústria Paulista: Mercado de Trabalho, realizada entre 6 e 18 de março, a Fiesp destaca que o país vive uma situação próxima ao “pleno emprego”, o que torna ainda mais difícil atrair novos talentos. A dificuldade é maior no setor industrial, onde produtividade e competitividade dependem diretamente de mão de obra especializada.

Dificuldade para contratar mão de obra qualificada afeta quase 80% da indústria paulista
Foto: Reprodução/Fiesp

A escassez de profissionais atinge diferentes segmentos industriais. Um exemplo é o Grupo Mazurky, com sede em Mauá, no ABC Paulista, que atua na produção de embalagens de papelão ondulado. Com 128 funcionários, a empresa afirma que a equipe atual ainda não é suficiente para suprir a crescente demanda.

“Enfrentamos bastante dificuldade, principalmente na contratação de mão de obra qualificada”, afirma Marcel Mazurkyewistz, sócio-diretor da empresa. “A formação técnica é essencial, e hoje muitos trabalhadores estão optando pelo regime de pessoa jurídica, o que dificulta a contratação efetiva. Isso impacta diretamente nossa capacidade de produção e crescimento.”

Escassez de mão de obra na indústria é mais forte entre jovens

A pesquisa também revela que a escassez de profissionais qualificados é mais acentuada entre jovens de 21 a 30 anos, faixa etária que representa 61% da demanda não atendida, seguida pelo grupo de 31 a 40 anos, com 23,8%. Além de fatores geracionais e culturais, o avanço tecnológico tem ampliado as exigências técnicas, enquanto muitos cursos de formação profissional não conseguem acompanhar essa evolução.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui