Na próxima segunda-feira (8), um eclipse solar total poderá ser visto em partes do México, Estados Unidos e Canadá. A totalidade do fenômeno, momento em que a Lua encobre completamente o disco visível do Sol, pode chegar aos 4 minutos e 28 segundos em alguns locais.
No Brasil o evento astronômico não poderá ser visto nem de forma parcial – que é quando vemos a Lua cobrir apenas uma parte do Sol. Quem estiver no país terá de acompanhar o eclipse pelas transmissões que serão realizadas pela Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) ou pelo Observatório Nacional.
Um eclipse solar total acontece em média a cada 18 meses em algum lugar do planeta, segundo o Observatório Nacional. Por percorrerem uma faixa estreita, esse tipo de fenômeno parece raro. Mas a data do próximo eclipse solar total que poderá ser visto do Brasil já é conhecida.
De acordo com a plataforma The Sky Live, que coleta informações e rastreia os objetos do Sistema Solar, pessoas no Brasil poderão acompanhar o fenômeno em sua totalidade no dia 12 de agosto de 2045. No ano seguinte, em 2 de agosto, um outro eclipse solar total poderá ser visto no país novamente.
Onde será visto o próximo eclipse solar total no Brasil?
Em 12 de agosto de 2045, às 15h58, o eclipse solar total começará a ser visto no estado do Macapá. A faixa do eclipse vai percorrer os estados do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e termina na costa do Pernambuco por volta das 16h20.
As capitais Belém, São Luís, João Pessoa e Recife estão no caminho do eclipse solar total. Outras regiões próximas poderão ver um eclipse parcial. A duração da totalidade do eclipse pode passar dos 4 minutos em alguns locais.
Já no dia 2 de agosto de 2046, quem estiver em uma estreita faixa que passa pelos estados do Sergipe e do Alagoas poderá ver um eclipse solar total por um tempo que pode variar entre 1 e 2 minutos. As capitais, Aracaju e Maceió, estão no caminho do eclipse.
Mas os observadores terão de acordar bem cedo. Em Aracaju, o fenômeno deve iniciar a totalidade às 5h51, logo depois do horário em que o Sol costuma surgir no horizonte no mês de agosto ali. A duração deve ser de cerca de 1 minuto e 25 segundos (fora desse período, outras fases do eclipse podem ser observadas). Em Maceió, a totalidade começa no mesmo horário, mas a duração pode ser um pouco maior: cerca de 2 minutos. Veja na imagem abaixo a região em que o eclipse será total.
Fora da faixa escura vista no mapa abaixo, pessoas em partes das outras regiões do país poderão observar um eclipse parcial logo após o nascer do Sol. Como o eclipse deve acontecer muito cedo em 2046, alguns lugares podem perder a chance de ver o fenômeno devido ao horário do nascimento do Sol.
Como observar um eclipse solar?
A visibilidade do fenômeno, porém, depende das condições climáticas (nuvens podem atrapalhar a observação, por exemplo). Durante as fases parciais do eclipse solar, quando o sol não está totalmente encoberto, o observador nunca deve olhar diretamente para a estrela sem proteção ocular adequada; há risco de lesão grave nos olhos, de acordo com a Nasa.
A agência também alerta que não é seguro observar o eclipse por meio de telescópios ou câmeras sem a proteção. Óculos para ver eclipses não são como os óculos de sol comuns. Eles são, geralmente, milhares de vezes mais escuros, segundo a Nasa.
O que é um eclipse solar total?
Um eclipse solar total é visível quando a Lua passa entre o Sol e a Terra bloqueando completamente a face visível do Sol. Para os observadores na Terra que estão localizados no centro da sombra da Lua, a coroa solar fica visível – essa parte mais externa do Sol não pode ser vista normalmente devido ao intenso brilho da estrela.
O Sol é cerca de 400 vezes maior do que a Lua, mas está aproximadamente 400 vezes mais distante da Terra do que o satélite natural. Assim, essa coincidência cria o efeito no qual a Lua consegue encobrir completamente a face visível do Sol para um observador terrestre na área do eclipse total.
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