O nosso planeta é um lugar de extremos. E quando falamos de diferenças de temperatura essa definição chega ao seu limite. De norte a sul, a Terra possui lugares quentes, temperados, frios e extremamente frios. Vamos conhecer qual o lugar mais frio do mundo?
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A principal fonte de energia térmica em nosso planeta é a radiação solar, que alcança tanto a atmosfera quanto a superfície terrestre. Ao atingir a Terra, a luz solar é parcialmente absorvida pela superfície, resultando em seu aquecimento. Em resposta, nosso planeta emite radiação térmica de volta para o espaço na forma de radiação infravermelha.
Durante o trajeto de volta ao espaço, parte dessa energia é refletida de volta para a atmosfera. Esse fenômeno, conhecido como efeito estufa, ocorre principalmente devido à presença de gases como dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4). Esses gases desempenham o papel de um “cobertor”, retendo o calor gerado pela radiação solar e impedindo que se disperse completamente para o espaço.
Para figurar no topo da lista dos lugares mais frios, é essencial que uma localidade não apenas registre temperaturas extremamente baixas esporadicamente, mas também mantenha uma média baixa ao longo do ano. O destaque não está apenas nas marcas recordes, mas sim na consistência das condições frias que caracterizam o ambiente.
O ponto mais frio do planeta, se localiza no Planalto Antártico Oriental, na Antártica, teve sua extrema frieza descoberta através da análise de dados de satélite. Os pesquisadores começaram revisando dados previamente coletados por satélites sobre uma crista específica na camada de gelo da Antártica.
Esses dados originais já indicavam temperaturas excepcionalmente baixas, atingindo 93 °C. No entanto, uma análise mais aprofundada, detalhada em um estudo publicado no periódico Geophysical Research Letters, revelou que as temperaturas na região, na verdade, alcançaram valores ainda mais baixos, atingindo incríveis -98 °C.
Os pesquisadores identificaram dois fatores principais: condições climáticas claras e um nível excepcionalmente baixo de umidade no ar. A ausência de nuvens permitiu que o calor se dissipasse mais facilmente para o espaço, contribuindo para a extrema queda de temperatura.
Além disso, a baixíssima umidade do ar desempenhou um papel crucial, pois a umidade normalmente atua como um isolante térmico, retendo o calor. Com um ar extremamente seco, essa barreira foi removida, permitindo que as temperaturas descessem ainda mais.
Antes desse recorde, a Estação de Pesquisa Vostok, situada a 808 milhas do Polo Sul na Antártica, registrava -89,2 °C em julho de 1983, aproveitando condições climáticas ideais para atingir essa marca. No mesmo contexto, a vila de Oymyakon, no leste da Sibéria, é considerada o lugar permanentemente habitado mais frio, com médias de inverno de -50 °C e um recorde de -71,2°C em 1924.
Além disso, a estação meteorológica Klinck, localizada na Groenlândia, detém o recorde de temperatura mais baixa do hemisfério norte, registrando -69,6 °C em dezembro de 1991. Enquanto isso, Yakutsk, na Rússia, recentemente registrou -62,2 °C em janeiro de 2023, sendo não apenas a cidade mais fria, mas também a maior construída sobre solo permanentemente congelado, localizada a 280 milhas ao sul do Círculo Ártico.
Lugares como Oymyakon, na Sibéria, e Yakutsk, na Rússia, não apenas atingem temperaturas excepcionalmente baixas, mas mantêm médias de inverno significativamente gélidas, tornando-os líderes incontestáveis na classificação dos locais mais frios do planeta.
Essa consideração anual ressalta a persistência do clima extremamente frio nesses lugares, proporcionando uma compreensão mais abrangente das condições climáticas específicas que os colocam no topo dessa lista distintiva.