Os vários tipos de fósseis que encontramos em nosso planeta são uma ferramenta importantíssima no estudo sobre a vida na Terra. As formas de animais, bactérias e plantas preservadas por milhões de anos servem como uma fotografia de tempos em que o homem nem sonhava em habitar aqui.
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Hoje, é quase impossível pensar na pesquisa sobre a pré-história sem a ajuda dos fósseis. Mas nem todos os fósseis surgem da mesma forma. A fossilização de um organismo é um processo bastante complicado e com várias etapas envolvidas.
Geralmente, o processo inicia-se quando um organismo morre e seus restos ficam soterrados. Mas também é possível fazer o estudo da história evolutiva da terra a partir de outros traços deixados por esses seres vivos, como dejetos, ovos ou pegadas.
Após o soterramento do indivíduo, é possível que, dependendo dos materiais do solo, o processo de decomposição seja desacelerado. As partes duras como dentes e ossos podem passar por um processo de fossilização chamado incrustação. Nele as substâncias minerais se acumulam e cristalizam sobre as partes duras do indivíduo.
Outro tipo de fossilização de partes duras bastante comum é a permineralização. Nesse caso, diferente da incrustação, os minerais penetram nos ossos e poros do indivíduo, solidificando-os ao longo do tempo. Ao contrário da cobertura superficial da incrustação, a permineralização se baseia na impregnação profunda dos minerais no material orgânico – permitindo uma preservação mais detalhada e duradoura. Esse processo é bastante importante na preservação dos organismos, pois oferece uma visão mais bem conservada da anatomia dos fósseis.
Já a carbonificação, um processo distinto, implica na formação de uma camada de carbono resistente à decomposição. Esse carbono, na verdade, substitui elementos voláteis da matéria, que poderiam se decompor mais rapidamente.
É bastante raro que partes moles dos organismos, como folhas, órgãos ou estruturas similares (no caso de corais e fungos) fossilizarem. A fossilização demanda uma redução drástica nos padrões de decomposição da matéria. As partes moles dos organismos são normalmente as que possuem maior teor calórico, o que soa bastante apetitoso para as bactérias e microorganismos que decompõem a matéria orgânica. No entanto, sob algumas circunstâncias específicas essa preservação pode ocorrer.
Alguns tipos de fossilização só ocorrem em regiões congeladas, como o permafrost da Sibéria. Nesses locais a descoberta de fósseis congelados tem se tornado bastante comum devido ao descongelamento dessas superfícies.
Assim, o congelamento é uma das formas de se preservar a matéria mole dos corpos fossilizados. Quando submetidos a baixíssima temperaturas, os metabolismos de diferentes organismos sofre uma redução de velocidade, normalmente vários inclusive simplesmente param – diminuindo assim a propagação desses indivíduos sobre a matéria orgânica, garantindo a sua preservação.
Na mumificação ocorre a desidratação dos organismos, sendo outro tipo de fossilização que pode favorecer a preservação de partes moles.
É importante lembrar que nem todos os organismos vão virar fósseis, no caso das múmias, várias delas passaram por processos artificiais como embalsamamento para serem preservadas. No caso de fósseis mineralizados, esses processos foram completamente aleatórios e acidentais. Para a nossa sorte, algum dia muito tempo atrás um organismo muito importante foi soterrado, sem jamais saber que milhões de anos depois, estaria nos contando a história da vida na Terra.