A indústria de papel e celulose no Brasil vive um ciclo de crescimento promissor, com projeções que indicam expansão contínua até o final da década.
Empresas nacionais e grupos estrangeiros, como as chilenas Arauco e CMPC e a indonésia Bracell, têm investido em programas de expansão e novos projetos no país.
Os empreendimentos estão distribuídos por diversos Estados, incluindo Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul, que se destaca como nova fronteira de projetos devido a incentivos locais.
Segundo levantamento da Ibá, estão previstos R$ 105,6 bilhões em investimentos até 2028, com destaque para o projeto Cerrado da Suzano, em operação desde julho, 2023.
Principais empresas de celulose e suas expansões
A Suzano, fundada por Leon Feffer, é a maior produtora mundial de celulose de fibra curta de eucalipto, com capacidade para 13,4 milhões de toneladas anuais em fábricas localizadas em vários Estados.
Em 2023, a empresa registrou receita líquida de R$ 39,75 bilhões, confirmando sua liderança.
A Klabin, controlada pelas famílias Klabin e Lafer Piva, lidera a produção de embalagens de papelão e papel-cartão no Brasil. Fundada há 135 anos, a Klabin é uma das maiores do setor, com trajetória de expansão e diversificação.
A CMPC, controlada pela família Matte, opera 44 plantas em oito países da América Latina e está construindo sua primeira fábrica no Brasil, em Inocência, Mato Grosso do Sul.
A Arauco, fundada em 1979, é uma gigante de celulose e produtos de madeira, expandindo suas operações com o projeto Sucuriú.
Outros destaques do setor
O grupo RGE, da Indonésia, iniciou suas atividades no Brasil em 2003 com a Bracell, líder na produção de celulose solúvel e que recentemente inaugurou fábrica de papel tissue. A Eldorado Brasil Celulose, controlada pela família Batista e pela JBS, produz 1,8 milhão de toneladas de celulose ao ano.
A Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra), controlada pelo grupo japonês JBP, produz 1,2 milhão de toneladas anuais de matéria-prima branqueada de eucalipto. A LD Celulose, especializada em celulose solúvel, tem capacidade para 500 mil toneladas por ano.
A Sylvamo, desmembrada da International Paper, opera no Brasil com três sites, produzindo mais de 1 milhão de toneladas de papel não revestido por ano. A Veracel, parceria entre Suzano e Stora Enso, atua na Bahia e Minas Gerais, com terminal marítimo para exportações.