Será que um asteroide ainda pode atingir a Terra no seu tempo de vida? Provavelmente não, mas isso não quer dizer que um dia não acontecerá. Já sabemos, por exemplo, que asteroides pequenos caem diversas vezes por ano no nosso planeta.
Recentemente, um asteroide de cerca de um metro queimou na atmosfera da Terra sobre o leste do Oceano Pacífico, mas não recebeu muita atenção devido ao tamanho. Foi a terceira vez este ano que um asteroide que “caiu” foi avistado no espaço a tempo de prever seu impacto, destaca o Live Science.
Um asteroide pode cair na terra ou no mar?
Apesar da maioria queimar na atmosfera, é comum que meteoritos caiam na terra ou no mar. O asteroide 2024 BX1, por exemplo, produziu centenas de fragmentos e caiu a aproximadamente 100 quilômetros de Berlim, capital da Alemanha.
Aproximadamente 200 foram coletados, embora a massa total fosse menor do que uma garrafa de refrigerante.
Algo grande o suficiente pode causar danos sérios
Quanto maior for um objeto, menos deles haverá no Sistema Solar interno e, portanto, menor será a probabilidade de um deles colidir conosco. Há duas maneiras de calcular as chances de algo perigoso atingir a Terra.
Uma é observar cada objeto com uma órbita que o aproxime da Terra e calcular as chances de um deles nos atingir. Isso sem considerar as mudanças repentinas na trajetória desses objetos, então certeza completa não é possível.
Teoricamente, uma rocha espacial pode atingir o asteroide Apophis com a força certa, o redirecionando para rota de colisão com a Terra em 2029, mas as chances são pequenas. Outro objeto com mais de 100 metros de diâmetro, grande o suficiente para destruir uma cidade, acaba de passar pela Terra a uma distância cerca de 885 mil km da Terra (pouco mais que o dobro da distância daqui até a Lua).
Se algo do tamanho do asteroide destruidor de dinossauros (com 10 quilômetros) estivesse no Sistema Solar interno com chance de atingir a Terra nos próximos séculos, saberíamos mais sobre isso.
A NASA estima que existam cerca de 25.000 objetos dessa classe de tamanho no Sistema Solar interno, e nós encontramos apenas cerca de 40% deles. Nenhum representa muito perigo por um longo tempo, mas não podemos ter certeza.
É preciso considerar ainda a possibilidade de um cometa, vindo do Sistema Solar externo, nos dando, na melhor das hipóteses, um aviso de alguns anos. Eles podem ser responsáveis por uma proporção maior dessas ameaças capazes de causar danos em todo o planeta.
A outra maneira de avaliar o perigo é observar o registro histórico. O único exemplo recente de algo significativamente maior foi Tunguska em 1908. Não sabemos se incidentes como esse ocorrem uma vez por século ou uma vez por milênio, mas é muito improvável que sejam mais comuns que isso.
Até onde sabemos, a Terra só foi atingida uma vez por algo grande o suficiente para causar destruição mundial desde que os animais surgiram há cerca de 600 milhões de anos. Com base nisso, podemos estimar que a chance de algo parecido acontecer novamente seja de cerca de uma em 600 milhões.