Legendas que mais rivalizaram nas eleições do domingo 27, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL) não conseguiram eleger pelo menos um prefeito em cada Estado brasileiro. O grupo político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou sem representantes municipais em sete Estados. Enquanto isso, a sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro não obteve êxito em três.
Ao todo, 26 capitais disputaram um cargo no Executivo nesse segundo turno. Pelos próximos quatro anos, contando a partir de 2025, não terão nenhum prefeito do PT:
- Acre;
- Amapá;
- Espírito Santo;
- Mato Grosso;
- Mato Grosso do Sul; e
- Rondônia e Roraima.
O Ceará e o Piauí são governados por petistas – Elmano de Freitas e Rafael Fonteles, respectivamente. Justamente nesses dois Estados, o PT fez a maior proporção de prefeitos eleitos: 25% e 22% das cidades terão um representante da legenda. Os eleitores piauienses escolheram prefeitos petistas em 50 municípios, enquanto os cearenses em 47.
Com uma disputa acirrada, Fortaleza foi a única capital que elegeu um membro do PT. Evandro Leitão teve 50,38% e derrotou André Fernandes (PL), que obteve 49,62%.
Na Bahia, o partido venceu em 49 cidades, o que representa 12% dos municípios do Estado.
Desempenho do PL é maior que o do PT
Além do Ceará e do Piauí, o PL ficará sem gestor municipal em Roraima. Contudo, no cenário nacional, o partido cresceu, passando de 344 para 371 prefeitos — um aumento de 8%. O grupo obteve vitórias em quatro capitais: Aracaju, Cuiabá, Maceió e Rio Branco.
Ao contrário do PT e do PL, o MDB (com com 856 eleitos) e o PP (com 745) terão pelo menos um prefeito por unidade federativa (UF) em 2025. No entanto, o grande vencedor nas urnas foi o PSD, de Gilberto Kassab.
Depois de ganhar em quase 900 prefeituras do Brasil, a sigla foi o destaque do cenário político do centrão, saindo à frente em cinco capitais: Curitiba, Belo Horizonte, Florianópolis, Rio de Janeiro e Maranhão. O PSD marcou presença em 24 Estados, e só não conseguiu eleger prefeitos em Alagoas e Roraima.