Integrantes do PSB estudam o envio de uma mensagem ao governo para pedir a permanência de nomes da legenda na composição do Ministério da Justiça. O movimento ganhou força após a confirmação de Ricardo Lewandowski como substituto de Flávio Dino no comando da pasta.
A iniciativa está sendo encabeçada pela bancada do PSB na Câmara dos Deputados. Fontes envolvidas na discussão defendem incluir na mensagem um pedido claro para a permanência de três nomes: Tadeu Alencar, atual secretário de Segurança Pública, Elias Vaz, de Assuntos Legislativos, e Augusto Botelho, secretário Nacional de Justiça.
Alencar e Elias ocuparam cadeiras na Câmara pela legenda antes de assumirem as funções no Executivo. Botelho é filiado ao PSB.
A defesa é ainda por um reconhecimento público sobre a atuação de Ricardo Cappelli no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Braço direito de Flávio Dino e número 2 do ministério, Cappelli afirmou à CNN que não deve seguir na função após a troca de comando.
Internamente, a insatisfação da legenda foi ampliada após a confirmação de que o presidente da República havia dado carta branca a Lewadowski para a escolha de uma nova equipe. Ao mesmo tempo, Lula não se comprometeu com a preservação de espaços ocupados pelo PSB na pasta.
O incômodo do PSB, legenda do vice presidente Geraldo Alckmin, com a perda de espaço no Executivo ocorre desde a reforma ministerial e do movimento do governo para acomodar o Centrão. Um dos resultados foi a transferência de Márcio França – também do partido – do Ministério de Portos e Aeroportos para a pasta de Empreendedorismo e Microempresa.
A avaliação de integrantes é que França acabou rebaixado para uma pasta com menor relevância.
A discussão sobre detalhes do posicionamento do PSB sobre as mudanças na Justiça deve ocorrer em uma reunião da bancada com o presidente da legenda Carlos Siqueira. A data ainda não foi definida.
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