Um estudo publicado na revista Science pode abrir caminho para uma mão protética capaz de sentir o toque como uma mão humana. A tecnologia partiu de pesquisadores da Universidade de Uppsala e do Karolinska Institutet e também poderia ser usada para restaurar o tato perdido em pacientes após um acidente vascular cerebral.
Como funciona a nova tecnologia de mão protética
- Inspirando-se na neurociência, eles desenvolveram um sistema tátil artificial que imita como o sistema nervoso humano reage ao toque.
- O sistema usa pulsos elétricos que processam informações táteis dinâmicas da mesma forma que o sistema nervoso humano.
- “Nosso sistema pode determinar que tipo de objeto é apenas o sentindo e decidindo se é uma bola de tênis ou uma maçã, por exemplo”, explicou Zhibin Zhang, do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Uppsala, na Suécia.
- “Com esta tecnologia, uma mão protética pareceria parte do corpo do usuário”, acrescentou o especialista.
- O sistema artificial possui três componentes principais: uma pele eletrônica (e-skin) com sensores que podem detectar pressão pelo toque; um conjunto de neurônios artificiais que convertem sinais analógicos de toque em pulsos elétricos; e um processador que processa os sinais e identifica o objeto.
Em princípio, o sistema pode aprender a identificar um número ilimitado de objetos, mas nos testes, os investigadores usaram 22 objetos diferentes para agarrar e 16 superfícies diferentes para tocar. Segundo os pesquisadores, as novas próteses também vão conseguir manusear objetos com a mesma destreza de uma mão humana.
Próximo passo é adicionar sensibilidade a dor e calor
“Também estamos pensando em desenvolver o sistema para que ele possa sentir dor e calor. Ele também deve conseguir sentir o material que a mão está tocando, por exemplo, se é madeira ou metal“, explicou o professor assistente Libo Chen. , que liderou o estudo.
O estudo foi realizado em cooperação com pesquisadores da Divisão de Sinais e Sistemas da Universidade de Uppsala e um grupo de pesquisadores do Departamento de Neurobiologia, Ciências do Cuidado e Sociedade, Divisão de Neurogeriatria do Karolinska Institutet. Com informações do TechXplore.