Um promotor italiano abriu investigação de homicídio culposo sobre as mortes do magnata da tecnologia britânica Mike Lynch e outras seis pessoas, em razão do naufrágio de um iate na costa da Sicília nesta semana.
O chefe do Ministério Público de Termini Imerese, Ambrogio Cartosio, anunciou a investigação em uma coletiva de imprensa. Cartosio afirma que a investigação, em princípio, não concluiu a existência de provas contra qualquer pessoa.
A filha de Lynch, Hannah, de 18 anos, também estava entre os que morreram quando o barco da família, o Bayesian, de 56 metros de comprimento, naufragou.
O barco afundou em meio a uma tempestade na madrugada da segunda-feira 19, em Porticello, próximo a Palermo.
Iate está a 50 metros de profundidade
Quinze pessoas sobreviveram, incluindo o capitão do iate a esposa de Lynch, cuja empresa era proprietária do Bayesian.
Resgatar o Bayesian pode ajudar os investigadores a determinar o que aconteceu. O iate, dizem mergulhadores, está íntegro, caído lateralmente e a uma profundidade aproximada de 50 metros. Contudo, as partes envolvidas avaliam os custos dessa operação.
Naufrágio intriga especialistas
O naufrágio intriga especialistas da marinha. Eles dizem que um barco com a estrutura e, principalmente, a tecnologia do Bayesian deveria, enfim, ter suportado o mau tempo.
A Perini, empresa que construiu a embarcação, afirma que uma série de “erros indescritíveis e irrazoáveis” por parte da tripulação teria causado o naufrágio.
Conforme declarações do porta-voz do estaleiro, a companhia não cometeu qualquer falha de projeto ou construção.