No momento em que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) faz uma ofensiva na Assembleia Legislativa para aprovar o projeto de desestatização da Sabesp, o movimento contrário ao projeto ganhou o reforço do Sindicato dos Professores e aposta no apagão da energia em São Paulo para ganhar o apoio da população para a nova greve de várias categorias marcada para o próximo dia 28.
No último dia 3 de outubro houve uma paralisação contra a privatização da Sabesp. O trânsito na cidade de São Paulo chegou a registrar 767 quilômetros de lentidão à noite. Apenas quatro linhas de transporte sobre trilhos funcionaram normalmente. Duas linhas da CPTM foram abertas posteriormente ao longo do dia.
A ideia do Sindicato dos Metroviários é de uma nova parada no próximo dia 28. O movimento terá também a participação dos professores estaduais do estado de São Paulo, segundo o próprio sindicato.
“No dia 28 não vai ter escola, nem Metrô, nem trem, nem Sabesp. Vai ser um dia de luta”, disse à CNN Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários.
Camila ainda acrescentou que “o apagão em São Paulo reforçou a narrativa contra a privatização da Sabesp. A paralisação do dia 28 será ainda mais forte”.
O deputado Barros Munhoz (PSDB), relator do projeto na Alesp, rebateu. “A greve foi muito impopular e só vai causar desgaste para os organizadores. Isso não vai afetar o andamento do projeto na Alesp”, afirmou.
O governo estadual deve repetir a mesma estratégia da greve anterior e vai fazer uma ofensiva jurídica contra os sindicatos, além de travar um embate público contra os sindicatos, que serão acusados de fazer uso político da greve.
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