A professora Katherine Franke, da Escola de Direito da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, renunciou ao cargo na sexta-feira 10. Ela foi acusada de fazer declarações antissemitas e cometer assédio contra estudantes judeus.
Em entrevista televisiva no ano passado, a docente disse que os estudantes israelenses que ingressavam em Columbia depois de concluírem o serviço militar assediavam palestinos e outros alunos no campus. Ela nega que a fala foi antissemita e diz que sofreu perseguição devido ao seu “posicionamento político” em defesa dos palestinos.
“Fui alvo do meu apoio aos manifestantes pró-palestinos”, argumentou Franke, em nota. “Pelo presidente da Universidade de Columbia, por vários colegas, administradores universitários e atores externos. Isto incluiu uma conclusão injustificada da universidade de que os meus comentários públicos condenando ataques contra estudantes manifestantes violaram sua política de não discriminação”. A informação é da emissora israelense i24 News.
Segundo Daniel Abebe, reitor da Faculdade de Direito de Columbia, Franke “acelerou sua aposentadoria planejada” e deixou a universidade depois de 25 anos de serviço.
Do assédio contra estudantes judeus aos protestos antissemitas
O caso se soma às tensões crescentes na Universidade Columbia desde o ataque terrorista do Hamas de 7 de outubro de 2023. A universidade foi palco de diversos protestos anti-Israel no último ano, chegando a ter aulas canceladas.
Em agosto do ano passado, três reitores renunciaram depois da descoberta de mensagens com conteúdos antissemitas. A reitora Minouche Shafik também deixou o cargo depois de fazer críticas à gestão de casos de antissemitismo no campus.
Recentemente, novos protestos anti-Israel ocorreram em frente à entrada de Columbia e do Barnard College.