sexta-feira, novembro 22, 2024
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Professor de escola estadual é preso por importunação sexual em São Paulo

Um professor de geografia de 38 anos foi preso em flagrante por importunação sexual, na última sexta-feira, 26. Ele lecionou por poucos dias na Escola Estadual Martim Francisco, no bairro paulistano da Vila Nova Conceição. A prisão ocorreu no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, policiais militares foram acionados para atender a uma denúncia de crime sexual na escola. Quando chegaram ao local, souberam que cinco menores denunciaram o professor. Todos os envolvidos estiveram na delegacia, e o professor foi indiciado.

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O caso foi registrado no 14º Distrito Policial da capital paulista. O professor, identificado como Patrick Renan Mariano, passou por audiência de custódia. O Poder Judiciário converteu o flagrante em prisão preventiva.

Importunação sexual

Segundo depoimento concedido a Oeste por Karen Garcia, mãe de uma das vítimas, o professor iniciou as aulas na escola na última quarta-feira, 24.

No dia seguinte, a filha de Karen, de 12 anos, contou que estava incomodada com a postura do professor, que teria olhado algumas vezes para os seios dela.

Também há a denúncia de que Mariano teria passado a mão no seio de outra aluna. Os meninos até mudaram de lugar na sala de aula para que o docente não tivesse visão das estudantes.

Foto: Reprodução/Facebook
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, policiais militares foram acionados para atender a uma denúncia de crime sexual na escola Martim Francisco | Foto: Reprodução/Facebook

“As crianças falaram que a diretora permitiu que o professor saísse da escola, com medo de ele apanhar”, informou Karen. “Apesar de a diretora alegar que a porta estava aberta, há uma foto do professor protegido em uma sala. Ele não seria agredido nem nada. Ninguém sabe como ele saiu de lá.”

A diretora da Escola Estadual Martim Francisco, Edicleusa Terezinha Lazcano Alcala, negou a acusação de que teria deixado Mariano escapar da escola, apesar da denúncia de importunação sexual. Ela participou de reunião que ocorreu na tarde desta segunda-feira, 29, entre os pais e a superintendência do colégio.

Ainda haverá investigações sobre o caso, que deve recolher os relatos e imagens nas câmeras.

Segundo os depoimentos, os policiais afirmaram que o professor teria antecedente criminal por estupro de vulnerável, uma criança de 5 anos, crime que teria ocorrido de 2011 a 2012. O fato de o Mariano ter dois RG’s — um criminal e outro sem antecedentes, para consulta pública — pode ter camuflado o histórico do docente.

Indignados, os pais de estudantes da Martim Francisco se mobilizaram para realizar um abaixo-assinado contra a diretoria do colégio. Karen afirmou que a escola é “ótima” e que “há outros professores homens, os quais as crianças têm muita confiança”. Contudo, as mães indagaram o motivo de um professor com antecedentes criminais ter sido contratado.

Na manhã desta segunda-feira, houve uma manifestação de alunos. Eles usaram preto no primeiro dia de aula depois da prisão de Mariano.

Vítimas de professor de geografia vão receber suporte terapêutico

A Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) declarou, em nota, que “não tolera e repudia toda e qualquer forma de assédio dentro ou fora do ambiente escolar”. Além disso, a pasta informou que o professor de geografia terá seu contrato encerrado e a conduta dos servidores envolvidos será “rigorosamente apurada”.

Um profissional do programa psicólogos nas escolas vai acompanhar as estudantes vítimas de Mariano. Além do apoio psicológico, conforme a Seduc, a equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar pretende oferecer suporte à comunidade escolar.

Via Revista Oeste

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